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Centro Estadual de Vigilância em Saúde confirma transmissão comunitária da variante delta no RS

Centro Estadual de Vigilância em Saúde confirma transmissão comunitária da variante delta no RS
27.07.2021 06h31  /  Postado por: Roger Nicolini

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) informou neste sábado (24/7), por meio de comunicado, a ocorrência de transmissão comunitária da variante Delta (B.1.617.2) do coronavírus no Rio Grande do Sul. Primeiramente detectada na Índia, essa variante teve os dois primeiros casos no Estado registrados na segunda-feira (19/7), no município de Gramado.

O conceito de transmissão comunitária ou local é definido quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, sem histórico de viagem ou sem que seja possível definir a origem da transmissão. Ou seja, não é possível identificar de quem se contraiu a Covid-19.

De acordo com a diretora do Cevs, Cynthia Molina Bastos, a confirmação do primeiro caso de Gramado por sequenciamento genético completo pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e o aumento de prováveis casos de contaminação por essa linhagem identificadas pelo Cevs indicam que há circulação comunitária.

“A vacina protege contra essa variante, especialmente após a segunda dose no caso dos imunizantes que precisam de reforço, mas a vacinação não impede que que a pessoa se contamine e siga transmitindo o vírus. Por isso, é preciso manter todos os cuidados de proteção contra a Covid-19 independentemente de ter tomado a vacina, principalmente quem tem qualquer fator de risco para complicações da doença”, afirma a diretora.

Até o momento, foram confirmados três residentes do Estado com a variante delta. Os dois primeiros de Gramado, que têm vínculo e contraíram a Covid-19 no município, e um em Nova Bassano, que contraiu a doença em viagem ao Rio de Janeiro.

Além deles, o Estado registra outros 11 casos suspeitos: cinco com amostras em análise na Fiocruz (mais um de Gramado, também contactante do primeiro caso confirmado, dois de Sapucaia do Sul, um de Esteio e um de Canoas), e seis amostras que foram enviadas ao laboratório carioca na segunda-feira (26/7), de residentes de Alvorada, Passo Fundo, Esteio, São José dos Ausentes, mais um de Sapucaia do Sul e um Santana do Livramento.

O Cevs realiza, pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) e pelo Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT), testes preliminares para a identificação desses casos suspeitos, incluindo sequenciamento parcial. As análises determinam se a amostra é uma provável variante de preocupação a partir da identificação de mutações específicas que são diferentes entre os tipos de vírus.

Ao serem enviadas para a Fiocruz, as amostras passam por um sequenciamento genômico completo, que fornece detalhes do perfil de mutações e classifica com precisão a linhagem de cada amostra.

O QUE SE SABE SOBRE A DELTA

A delta é uma das chamadas “variantes de preocupação” (VOC, variants of concern na sigla em inglês), pois são variações que trazem alguma mudança no comportamento do vírus. A característica mais marcante da delta, já comprovada cientificamente, é a maior transmissibilidade.

Quanto a gravidade, ainda não há evidências de que provoque uma doença mais ou menos agressiva em relação às outras linhagens.

Casos delta RS
1 – Gramado: confirmado por sequenciamento genético completo pela Fiocruz
2 – Gramado: confirmado por sequenciamento genético parcial pelo Cevs e vínculo epidemiológico
3 – Nova Bassano: confirmado por sequenciamento genético completo pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), no Rio de Janeiro
4 – Gramado: suspeita epidemiológica, aguardando retorno da Fiocruz
5 – Sapucaia do Sul: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz
6 – Sapucaia do Sul: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz
7 – Esteio: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz
8 – Canoas: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz
9 – Alvorada: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz
10 – Passo Fundo: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz
11 – Esteio: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz
12 – São José dos Ausentes: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz
13 – Sapucaia do Sul: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz
14 – Santana do Livramento: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, será enviada amostra para Fiocruz

Texto Marília Bissigo/Ascom SES
Edição: Marcelo Flach/Secom

 

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