Mais de 50 pessoas morrem após seita estimular jejum para conhecer Jesus

A polícia do Quênia investiga um pastor evangélico suspeito de ser o responsável pela morte de cerca de 58 fiéis de uma seita religiosa, em Malindi, após incentivá-los a jejuarem até conhecer Jesus. As autoridades quenianas confirmaram o número de vítimas nesta segunda-feira (24).
Makenzie Nthenge, pastor e fundador da Igreja Internacional das Boas Novas, teria incentivado um grupo de pessoas a se submeterem a uma greve de fome na floresta de Shakahola, onde as valas com os corpos foram encontrados.
Os policiais acreditam que mais pessoas possam estar escondidas por se negarem a interromper o jejum.
No domingo (23), uma mulher foi encontrada com os olhos fora de órbita, que se recusava a receber alimentação. Ela foi transportada em uma ambulância e encaminhada para atendimento médico.
As autoridades chegaram na floresta, em uma área com 323 hectares, e encontraram a cena de crime.
“Quando chegamos a uma área da floresta onde vemos uma cruz grande e alta, sabemos que isso significa que mais de cinco pessoas estão enterradas ali”, relatou Victor Kaudo, do Centro de Justiça Social de Malindi, à imprensa local.
Entre as sepulturas encontradas, a polícia acredita que uma contenha os corpos de dois pais e três crianças, todos da mesma família.
Outros crimes
Makenzie Nthenge está detido e aguarda julgamento. O pastor afirma que não fez nada de errado e encerrou as atividades da igreja em 2019.