Deputado Turra pede soluções definitivas contra estiagens cíclicas
Foto:http://www.sergioturra.com.br/
Com quase metade dos 497 municípios gaúchos em situação de emergência e 195 mil propriedades rurais com registros de perdas em diversas culturas, o Rio Grande do Sul enfrenta uma das piores estiagens dos últimos anos, provocada pelo fenômeno meteorológico La Niña. Embora ainda seja cedo para se ter um cálculo consolidado dos prejuízos, culturas como soja, milho e uva, além da produção de leite, têm sido bastante castigadas pela escassez de chuvas.
Mesmo na Serra Gaúcha, onde a viticultura necessita de menos água para a produção de bons vinhos, o pequeno volume de precipitações dos últimos dois meses já causou estragos irreversíveis – principalmente na produção de uvas de mesa, que também são utilizadas para a elaboração de sucos. Preliminarmente, produtores já estimam uma quebra de 20% na safra de uva – embora a qualidade das viníferas esteja assegurada.
Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural e a Embrapa Uva e Vinho, em municípios como Veranópolis e Bento Gonçalves em novembro choveu respectivamente 44% e 27% menos do que a média histórica na região. Em dezembro, o volume de chuvas foi 41% e 21,5% menores nos dois municípios.
O deputado Sérgio Turra, integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, tem percorrido diversas regiões agrícolas, conversado com produtores, e participado de reuniões com o Governo estadual, secretarias de Estado, Famurs e outras entidades, em busca de medidas de apoio ao setor agropecuário, que responde por quase 40% do PIB gaúcho.
“Pedimos, entre outras medidas de apoio, a construção urgente de micro açudes, cisternas, poços artesianos, chegada de caminhões pipa para atender as comunidades mais fragilizadas, subsídio de juros e, operação de crédito rural e convênios para liberar rapidamente recursos aos municípios mais atingidos”, disse Turra. “Na Serra, milhares de famílias dependem da fruticultura e da criação de frangos e suínos, e não podemos deixá-las desassistidas neste momento difícil”.
O deputado lembra que, historicamente, o Rio Grande Sul sempre teve uma média de sete episódios de estiagem a cada dez safras de verão, e que o Estado precisa se preparar de modo mais consistente para enfrentar as sucessivas secas. “Tivemos um período de trégua, por alguns anos, mas a escassez de chuva no verão volta a se manifestar, mais uma, neste ano. Não é possível fazer agricultura profissional sem reserva de águas do inverno, reuso e irrigação. Essas já eram medidas preconizadas pelo relatório final da Subcomissão sobre o uso racional da água na agricultura que presidi na Assembleia Legislativa Em 2015”, acrescenta. E conclui: “Neste momento, temos que resolver as questões emergenciais, mas, a longo prazo, precisamos estar prevenidos para enfrentar futuros problemas climáticos, que são cíclicos”.
Fonte:http://www.sergioturra.com.br/
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