Secretaria da Saúde define orientações para doses de reforço da população adulta
A Secretaria da Saúde (SES) pactuou na última semana as recomendações para a vacinação de reforço contra o coronavírus na população acima dos 18 anos. Após os cinco meses de intervalo desde a segunda dose, devem seguir sendo priorizados os idosos, trabalhadores da saúde e imunodeprimidos para essa dose adicional. A ampliação para menores de 60 anos deve priorizar aqueles com maior risco, como as pessoas com comorbidades, abrindo aos demais conforme disponibilidade de doses.
O limitador da oferta neste momento é o fato de que ainda não foram entregues pelo Ministério da Saúde doses específicas para o reforço das pessoas de 18 aos 59 anos. Por isso, apesar da liberação do uso nessas idades, os municípios devem ter como foco aqueles que têm maior risco, como as pessoas com comorbidades, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, população em situação de rua, pessoas com deficiência, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. Cerca de 339 mil pessoas (entre 18 e 59 anos) que se enquadram nesses casos acima fecharão o intervalo de cinco meses até o final de dezembro. Maicon Lemos, presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul fala a respeito.
Em paralelo e de acordo com a disponibilidade de doses no município, as demais pessoas acima de 18 anos e que completaram os cinco meses de intervalo desde a segunda dose também podem fazer a dose de reforço. Outro ponto discutido com os gestores municipais foi o alto número de pessoas com doses em atraso. Quase um milhão de pessoas já poderiam ter feito o reforço e não fizeram, considerando apenas os grupos que já vinham sendo contemplados (idosos, trabalhadores da saúde e imunodeprimidos). Há ainda cerca de 870 mil pessoas com a segunda dose em atraso. Entre esses, a maioria é formada por pessoas do sexo masculino e na faixa etária dos adultos jovens. O presidente do Conselho comenta qual o intervalo da segunda dose de cada vacina.
Levantamento da Secretaria da Saúde (SES) aponta que 92% dos óbitos por coronavírus no Estado na faixa etária até 39 anos ocorreram com pessoas sem o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única). Além disso, entre os idosos, 99% das mortes por covid-19 são entre pessoas sem a vacinação de reforço. Os dados servem de alerta para que a população volte aos postos para completar o esquema básico de duas doses e para que as pessoas acima de 60 anos façam a terceira dose. Os dados de óbitos entre não vacinados foram calculados sobre as ocorrências nas últimas 10 semanas F realizado a dose de reforço. Foram 905 óbitos entre esse total de internações, dos quais em 99,3% a pessoa não havia realizado a terceira dose. Outro dado que preocupa as autoridades do Estado e municípios é o de pessoas que deixaram expirar o prazo para a segunda dose (intervalo de 28 dias para a Coronavac e oito semanas para a Pfizer e Astrazeneca). Maicom Lemos, presidente do Cosems/RS, explica.