Parceria da Agricultura fará teste em solos para determinar produtividade da soja no RS
Pela primeira vez no Estado, produtores de soja vão poder fazer testes de produtividade com base em análises biológicas e químicas do solo. O teste utiliza sequenciamento de DNA de bactérias e fungos presentes na terra e análises de inteligência artificial como aliados do manejo.
As inscrições, gratuitas, estão abertas e fazem parte de um projeto chamado Agrega Biome Solo – parceria do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) com as empresas Agrega e Cognitiva Brasil. O doutor e pesquisador Luciano Kayser Vargas, do DDPA enfatizou que a expectativa é de que o conhecimento sobre a microbiologia dos solos, associada aos dados químicos e de produtividade da cultura, permitam prever, com boa exatidão, a produtividade das áreas.
A empresa irá disponibilizar um kit para amostragem do solo, no qual o produtor colocará uma porção do solo, que ficará estabilizado até chegar ao laboratório. A partir daí, será feita uma extração do DNA presente na terra, com o uso de um kit comercial padrão. O DNA será amplificado e sequenciado em uma plataforma que permite a identificação de milhões de sequências ao mesmo tempo. Essas sequências serão analisadas para saber quais são os microrganismos presentes no solo e em que quantidades, explicou Luciano.
O projeto foi selecionado e está sendo financiado pelo Techfuturo/Fapergs, edital nº 09/2020, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), como um dos projetos mais promissores para o desenvolvimento do setor agrícola do Estado. Recentemente, conquistou o prêmio de Startup Inovadora pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapergs). O DDPA será o responsável pelas análises químicas do solo, disponibilizará informações climáticas e prestará consultoria científica nas questões envolvendo o manejo do terreno, microbiologia do solo e produtividade agrícola. E também participará da redação de artigos científicos e na divulgação dos resultados, finaloza Luciano
A empresa Cognitiva Brasil, também parceira do projeto, vai fazer a análise dos dados a partir da inteligência artificial.
Texto: Maria Alice Lussani/Ascom Seapdr
Edição: Secom