Rodovias do RS registram manifestação de grupos de caminhoneiros nesta quinta-feira
As manifestações após o Sete de Setembro seguem sendo registradas em rodovias do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (9). Até o início da manhã, havia pontos de bloqueios em trechos do Vale do Rio Pardo, Vale do Caí e da Serra. Na quarta-feira, a reportagem de GZH verificou pelo menos 20 pontos de manifestação ao longo do dia.
Em Candelária, no Vale do Rio Pardo, cerca de 70 manifestantes abordam caminhões na RS- 287, na altura do km 138. Não há interdição total do tráfego. Segundo o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), o grupo convida caminhoneiros a participar da mobilização, mas libera a passagem dos veículos após 15 minutos. A ação é registrada no trecho desde quarta-feira (8).
O mesmo ocorre em pontos do Vale do Caí. Há bloqueios parciais para veículos pesados na RS-122, em São Sebastião do Caí, no km 7, km 64 e km 96.
Na Serra, um grupo de manifestantes segue concentrado no km 153 da Rota do Sol, em Caxias do Sul, desde quarta-feira. Com uma estrutura para refeições e vários veículos de carga no estacionamento de um posto, eles prometem permanecer no local sem data definida para desfazer a mobilização. O grupo seria formado por caminhoneiros e agricultores da região de São Braz e Fazenda Souza. Há bloqueio parcial para veículos pesados.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há registro de bloqueios em rodovias federais no Estado, após negociação com caminhoneiros. Conforme o chefe da Comunicação Social da PRF, Felipe Barth, a intenção é, por meio do diálogo, garantir a segurança do trânsito e de quem quer realizar manifestação, além de permitir que quem precisa circular não seja obrigado a parar.
No início da madrugada desta quinta-feira, alguns motoristas recorreram a postos de combustíveis da Capital por medo de desabastecimento. Foram registradas filas em estabelecimentos localizados na Avenida Protásio Alves, na Avenida Manoel Elias e na Assis Brasil. A movimentação é tranquila na manhã desta quinta.
Mobilização
As manifestações tiveram início após os atos de Sete de Setembro, convocados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Ainda que exista a intenção de alguns de dar seguimento aos bloqueios, a categoria diz estar “confusa” e apresenta divisão.
Grande parte dos representantes da classe com quem GZH conversou disse que não recomenda a participação nos atos e que a orientação para a iniciativa vem do setor do agronegócio e de lideranças políticas. O cenário de Brasília é um fator decisivo para definir a continuidade dos bloqueios.
Diante da mobilização em ao menos 14 cidades do país, o presidente Jair Bolsonaro gravou um áudio pedindo aos caminhoneiros que liberem as estradas. Na mensagem, Bolsonaro trata os caminhoneiros como “aliados” e diz que a ação “atrapalha a economia”.
Fonte: GZH