RS dobra leitos pelo SUS e número de respiradores, segundo balanço feito pelo Governo
Ao conduzir a última live especial regular sobre coronavírus, na tarde desta quinta-feira (24/9), o governador Eduardo Leite fez um balanço sobre as ações para equilibrar a prioridade à vida com a retomada econômica, minimizando os impactos no dia a dia dos gaúchos durante a pandemia.
Passados seis meses e duas semanas da primeira confirmação de coronavírus no Rio Grande do Sul, o Estado registra 179.436 casos, em 493 cidades, com 4.515 mortes. Apenas quatro municípios não tiveram registros da doença – Garruchos, Cerro Branco, Coqueiro Baixo e Estrela Velha. Cerca de 92% dos pacientes confirmados com a Covid-19 já se recuperaram.
“Estamos prontos para seguir fazendo com o que o Rio Grande do Sul seja um dos Estados com os menores impactos da doença. É importante dizer: não foi registrada nenhuma morte no RS por falta de atendimento. Em nenhum momento assistimos aqui a cenas de colapso do sistema de saúde que foram vistas em outros lugares”, afirmou o governador.
Para conciliar a proteção à vida com as atividades econômicas, o governo gaúcho criou, em maio, o pioneiro modelo de Distanciamento Controlado. Baseado na segmentação regional e setorial, passou a determinar diferentes níveis de restrições conforme a propagação da doença e a capacidade do sistema de saúde em cada uma das 21 regiões Covid.
Coube ao Gabinete de Crise – baseado em dados, estudos, análises e projeções elaborados por 123 especialistas, de 40 instituições, 13 universidades e faculdades e 25 órgãos públicos que formam o Comitê de Dados –, tomar as decisões para estabelecer as políticas públicas e medidas de enfrentamento à pandemia.
“Há varias formas de se acompanhar a pandemia. Para mim, a maior demonstração de que a gestão da pandemia no RS deu certo é que nós temos a quarta menor mortalidade por 100 mil habitantes no geral no país e a segunda menor relação entre o total de óbitos por 100 mil habitantes com idade acima de 50 anos. Sendo que o RS tem população acima de 50 anos maior do que o restante do país e é faixa etária mais suscetível à doença, isso é bastante relevante”, destacou Leany Lemos, coordenadora do Comitê de Dados.
Para que o Estado alcançasse resultados como esse, uma das prioridades do governo desde antes da propagação do vírus em solo gaúcho foi a abertura de novos leitos. Em seis meses, o total de leitos UTI SUS – gratuitos à população – duplicou no RS.
- 933 leitos de UTI SUS adulto era o número pré-Covid;
• 951 novos leitos de UTI SUS adulto foram criados até 24/9, dos quais 139 ainda aguardam habilitação do Ministério da Saúde;
• 1.884 leitos de UTI SUS adulto é o total alcançado até agora, sendo 1.866 em operação por iniciativa do Estado, que está custeando as diárias até a habilitação federal;
• representa aumento de 102% na capacidade.
“O total de leitos em funcionamento pode ser acompanhado no Mapa dos Leitos, painel que aponta todas as regiões do Estado, com sua ocupação de leitos, uso de respiradores, tudo de forma transparente. Aliás, o RS foi um dos Estados mais transparentes, com nota máxima em transparência nos rankings de organizações que acompanham os dados no Brasil”, lembrou o governador.
Leite divulgou, ainda, um balanço sobre os investimentos em respiradores, equipamento fundamental para salvar vidas de pacientes da Covid-19 – já que a doença afeta principalmente o sistema respiratório.
- 230 conjuntos de respiradores e monitores comprados por R$ 17 milhões pela Secretaria da Saúde;
• 161 respiradores consertados em parceria com a GM e o Instituto Cultural Floresta e devolvidos aos hospitais;
• 853 enviados pelo Ministério da Saúde ao Estado;
• 40 doados pelo Todos Pela Saúde;
• Total de 1.284 de novos respiradores ou recolocados em operação.
Máscaras, álcool gel, desinfetantes e luvas fazem parte dos equipamentos de proteção individual (EPIs) fundamentais para o enfrentamento à Covid-19. Nesse sentido, o governo fez aquisição e gerenciou e distribuiu doações:
- 9,2 milhões de EPIs comprados pelo governo do Estado;
• 11.275.299 EPIs recebidos pela Secretaria da Saúde via Ministério da Saúde;
• 15.437.279 EPIs distribuídos a instituições hospitalares, municípios e outros serviços.
Números de testes realizados e distribuídos, além de repasses financeiros, tanto de recursos próprios quanto do governo federal, também foram apresentados pelo governador, com participação da secretária da Saúde, Arita Bergmann.
Encerramento das lives especiais
Desde os primeiros casos de coronavírus no Estado, em março, até 21 de maio, as transmissões ao vivo eram realizadas diariamente. Até 27 de agosto, foram feitas duas vezes por semana. De lá para cá, estavam sendo todas as quintas-feiras. A partir desta quinta (24/9), as transmissões ao vivo sobre assuntos ligados à Covid-19 serão feitas somente em situações extraordinárias, quando for necessário anunciar e explicar alguma decisão de governo.
“Estamos terminando com as lives semanais, mas, obviamente, a doença não está controlada, a Covid não acabou. É muito importante que toda população gaúcha continue cumprindo os protocolos, mantendo ao máximo o distanciamento. Não estamos dizendo para ficarem em casa, mas que fiquem na medida do possível. Nosso Gabinete de Crise ativo vai continuar se reunindo para monitorar os indicadores e tomando as decisões sempre com base na ciência, com intuito de aperfeiçoar o modelo de Distanciamento Controlado. Em casos de pandemia, o papel do poder público é proporcionar confiança, orientações e diretrizes em torno das quais os demais agentes possam se organizar de maneira complementar e colaborativa”, destacou Leite.
Foram, no total, 84 lives sobre coronavírus, a grande maioria com a presença do governador, somando 60 horas, 23 minutos e 14 segundos de transmissões e mais de 18,2 milhões de visualizações no Facebook e no Youtube, e participação de jornalistas de todo o Estado com mais de 700 perguntas encaminhadas ao governador.
“Este processo de conversa e transparência foi fundamental para compartilhar as decisões difíceis que foram tomadas até aqui. As lives nos ajudaram a comunicar e conquistar a confiança da população para conseguirmos conviver da melhor maneira possível com uma doença desconhecida”, disse Leite.