Com preços recordes, negócios com a soja no Brasil estão focados e fortes no mercado interno
O mercado, como já vinha sendo sinalizado por analistas e consultores de mercado, se torna cada vez mais regionalizado e vai se descolando da Bolsa de Chicago, onde os futuros da oleaginosa continuam caminhando de lado, apresentando apenas leves oscilações. No pregão de hoje, as cotações terminaram o dia com pequenas altas de 3,50 a 4,75 pontos nos principais contratos, com o julho encerrando o dia com US$ 8,76 e o novembro, US$ 8,80.
Mesmo assim, as referências para os preços da soja nos portos brasileiros acumularam, desde a última segunda-feira (15), altas de 2,68% a até 8,17%. Em Paranaguá, o produto disponível fechou com R$ 112,50 e para fevereiro do ano que vem, R$ 106,00. Em Rio Grande, R$ 110,00 e R$ 103,00; e em Santos, R$ 115,00 e R$ 108,00, respectivamente.
Ao mesmo tempo, algumas praças do interior do país marcaram, no final desta sexta-feira, R$ 110,00, em Ponta Grossa/PR; R$ 114,00 em Castro/PR; Rondonópolis/MT, R$ 107,30; Primavera do Leste/MR R$ 1054,20; Alto Garças/R$ 106,50. Em Mato Grosso do Sul, praças como São Gabriel do Oeste, Maracaju e Campo Grande também superaram os R$ 100,00 por saca. No Rio Grande do Sul, a situação se repetiu.
Frente a isso, os produtores brasileiros seguem segurando um pouco mais sua soja, acompanhando o avanço das cotações e aproveitando os bons momentos de forma mais comedida. Afinal, levantamentos apontam que já são cerca de 95% da da safra velha e 35% da nova comprometidas com a comercialização. E o restante da oferta, como é sabido pelos sojicultores, será duramente disputada daqui em diante.
*Notícias Agrícolas