Governo do RS passará a contar apenas casos de pacientes internados para definir bandeiras de risco
Atendendo a pedidos de prefeitos, o governo do Estado decidiu mudar a forma de contabilizar os casos de coronavírus para definição das bandeiras de risco, dentro do modelo de distanciamento controlado. A partir de 30 de maio, apenas os casos que gerem hospitalização serão usados para medir a proliferação do vírus nas regiões do Estado.
Atualmente, para avaliar a velocidade de contaminação em cada região, o governo considera todos os resultados de testes moleculares (RT-PCR). Com a mudança, a proliferação do vírus será medida apenas pelos pacientes testados positivos que precisarem de atendimento hospitalar.
— Por que estamos fazendo esta alteração? Para melhorar as condições de comparabilidade entre as regiões. Temos, de fato, municípios e regiões que estão testando mais, mesmo segundo o exame RT-PCR — argumentou Leite, ao tratar do assunto, durante live na quarta-feira.
Essa é a primeira mudança na forma de cálculo do chamado distanciamento controlado, modelo de regras implementado pelo governo do Estado há 12 dias. A alteração ocorre após prefeitos de cidades com mais casos confirmados reclamarem ao Palácio Piratini que os seus municípios estavam sob regras mais rígidas apenas porque estavam testando mais a população.
O distanciamento controlado define, semanalmente, regras mais duras ou mais brandas para cada uma das 20 regiões do Estado, conforme os dados de proliferação do coronavírus e de internações hospitalares. O resultado desses dados é apresentado por meio de bandeiras (amarela, laranja, vermelha e preta) mais claras quando a situação está mais controlado e mais escura quando o cenário se agrava.
Teste laboratorial X teste rápido
Os resultados dos chamados testes rápidos não são considerados para medir a evolução do coronavírus no distanciamento controlado. Isso porque esse tipo de exame, além de ter menor confiabilidade, também detecta apenas os anticorpos em quem já foi contaminado há mais de 10 dias e, portanto, pode não estar mais com o vírus ativo.
Outro motivo é que os testes rápidos são aplicados com intensidade e frequência irregular, nas diversas regiões. Por outro lado, os testes laboratoriais, considerados para o cálculo das bandeiras, são mais confiáveis e detectam o vírus ativo no paciente. Chamado também de teste molecular, deve ser aplicado, preferencialmente, entre o terceiro e o quinto dia de sintomas.
Fonte: Gaúcha ZH