Heinze diz que U$$ 380 bilhões em reservas ajudariam na economia do Brasil
O Senador Luiz Carlos Heinze (Progressistas-RS) concedeu entrevista à Rádio Diário AM 780 para avaliar o cenário político brasileiro e o impacto do Coronavírus (Covid-19) sobre o país, sobretudo na economia. Atualmente, segundo o parlamentar, o Brasil pois cerca de US$ 380 milhões em reservas internacionais, dinheiro que vinha sendo aplicado desde 1999, algo em torno de R$ 1,9 trilhão considerando o patamar atual do dólar.
Estes recursos servirão, conforme Heinze, para socorrer o país que já experimenta uma queda na arrecadação provocada pelo avanço da Covid-19.
“90% destes recursos são provenientes da produção brasileira, especialmente do agronegócio. Agora vamos lançar mão para reaquecer a economia. É um dinheiro que vem sendo aplicado nos EUA, porque rende mais, e que agora poderá ser aplicado onde for preciso para reerguer a economia”, citou.
Realizando sessões virtuais desde que foram adotadas medidas preventivas como isolamento social, o Senado tem discutido basicamente questões relacionadas a pandemia. Assuntos como as esperadas reformas administrativa e tributária deverão ficar para outro momento.
“As comissões não estão se reunindo, mas as sessões estão ocorrendo de forma virtual e estamos discutindo matérias interessantes em benefício da população brasileira. Semana passada votamos mais uma vez o auxílio para micro, pequenas e médias empresas para este momento complicado. Também estão chegando pautas relacionadas com a estiagem que de certa forma também está nos atingindo e votamos a resolução do Banco Central para ajudar os municípios em situação de emergência”, comentou.
Questionado sobre a proposta que sugere congelamento dos salários públicos por um ano e meio, Heinze disse concordar com a medida.
“É algo interessante porque a arrecadação está caindo. É um problema que estados, municípios e o Governo Federal já enfrentam. Também estamos discutindo para ver como o Senado pode contribuir com isso, fazendo economia, pois o gasto é alto”, citou.
Sobre as eleições municipais programadas para outubro, o senador acredita que não deve ocorrer alteração nesta programação.
“Acreditamos que no mais tardar na segunda quinzena de maio já estaremos retomando a rotina normal, a não ser que ocorra uma catástrofe ainda maior. Mas o controle da doença está ocorrendo e vamos superar isso. Há condições das eleições sair em outubro”, declarou.