Jovem que deixou bebê em lixeira de UPA de Canoas deve ser ouvida após receber alta, diz polícia
A Polícia Civil de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, aguarda a alta hospitalar da jovem que deixou um bebê recém-nascido em uma lixeira da Unidade de Pronto Atendimento, na manhã de quarta-feira (1º), para ouvi-la. A mãe da adolescente, que a acompanhava no momento, também deve prestar depoimento.
O bebê era uma menina, de 47 centímetros. Conforme estimativa do hospital, a adolescente estaria grávida de oito meses. Na manhã de quarta, ela procurou atendimento na UPA com dores no abdômen, mas negou estar grávida.
Na Unidade, ela foi ao banheiro. Logo após, a enfermeira entrou e encontrou o lugar ensanguentado, e o bebê na lixeira. A criança já estava sem vida.
Conforme o delegado Pablo Rocha, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente de Canoas, a jovem e a mãe são investigadas. Ainda não é possível saber se a criança nasceu natimorta, ou se morreu logo após o parto. Dependendo dessa circunstância, explica o delegado, a tipificação penal do caso pode mudar.
“Se houve ação antes de aborto ou aceleração de parto, [a jovem responde por] aborto. Se a criança nasceu viva, é por homicídio”, afirma.
Até o momento, a polícia já concluiu que houve vilipêndio de cadáver, pelo fato da criança ter sido jogada na lixeira.
*G1 RS