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Vítimas de acidente com cinco mortos voltavam de cerimônia militar de parente

14.05.2018 09h29  /  Postado por: Roni Petersonn

Os cinco integrantes de uma mesma família que morreram em um acidente de trânsito na noite de sábado (12) em Ibirubá, no noroeste do Estado, voltavam de uma cerimônia militar realizada em Alegrete, na Fronteira Oeste.

Eles haviam viajado para prestigiar a entrega da boina a um parente recém-integrado ao Exército — a peça costuma ser concedida aos recrutas que concluem o período básico de treinamento em eventos acompanhados por familiares e amigos.

Dez pessoas com laços de parentesco viajavam em dois carros na volta para Passo Fundo quando o Ford Focus que seguia na frente, no sentido Cruz Alta-Ibirubá, colidiu contra um caminhão que vinha na direção contrária nas proximidades do Km 77 da RS-223. O motorista do caminhão não sofreu ferimentos graves, mas foi encaminhado em estado de choque ao hospital do município.

No veículo estavam dois irmãos — Dirceu Alves Corrêa, 58 anos, e Ângelo Airton Alves Corrêa, 51 anos —, casados com duas irmãs — Isaltina Rosa de Lima, 52 anos, e Regina Aparecida de Lima, 51 anos, respectivamente. Eles eram acompanhados por Mateus de Lima Caciamani, nove anos, neto de Dirceu e Isaltina. Todos morreram.

O grupo havia prestigiado a entrega de uma boina preta ao jovem Alexander Caciamani, irmão de Mateus que permaneceu no quartel em Alegrete e não estava no comboio familiar. No outro carro estavam um outro irmão de Alexander e Mateus, o pai e a mãe dos três irmãos, a namorada de Alexander e um filho de Ângelo — vítima que estava no Focus acidentado.

— Eles me convidaram para ir junto, mas achei melhor ficar em Passo Fundo tomando conta das casas — conta João Emílio de Lima Corrêa, 27 anos, filho de Dirceu e Isaltina e sobrinho do outro casal.

Os dois casais mortos no acidente, Dirceu e Isaltina, Angelo e Regina, eram muito próximos. Além de reunirem dois irmãos a duas irmãs, as duas famílias viviam em casas localizadas em um mesmo terreno. Segundo João Emílio, os pais eram bastante sossegados e raramente saíam de casa. Por isso, a viagem até Alegrete para prestigiar a cerimônia do neto foi vista por eles como uma aventura.

Dirceu atuava como paisagista autônomo, e sua mulher era dona de casa. Conforme João Emílio, Ângelo trabalhava com a venda de lenha, e Regina fazia serviços de limpeza.

— Eram todos muito chegados. Viviam juntos o tempo todo — recorda João Emílio.

Conforme informações preliminares, os mortos seriam velados a partir do final da tarde deste domingo (13) no CTG Moacir da Motta Fortes, em Passo Fundo.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br

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