Estudo aponta equívoco em manter piso regional gaúcho

Economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE) elaborou estudo que mostra a ineficácia do piso regional do Rio Grande do Sul, nos dias atuais, para o trabalhador e para a economia do estado. A proposta é mostrar que o piso regional gaúcho perdeu sua intenção principal, quando de sua criação há 14 anos, de servir de opção ao salário mínimo nacional desvalorizado com perdas acumuladas em 30 anos. Ocorre que a partir do crescimento da economia brasileira, ainda na primeira década dos anos 2000, permitiu que o salário mínimo tivesse ganho real acima de 80% sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O economista Tomás Pinheiro Fiori, responsável pelo estudo, explica a história de criação do piso regional gaúcho e questiona se, nos dias atuais, o Rio Grande do Sul tem condições financeiras de pagar um piso regional 28% acima dos demais estados do país. Apenas cinco estados brasileiros adotaram o piso regional de salário para servir de opção ao salário mínimo nacional. São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O estado gaúcho, que adotou cinco faixas salariais, atualmente é o estado que paga o maior piso regional do país.
A reportagem é de Edson de Souza, da Rede Gaúcha de Rádios do Interior.
 
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