Dívida de R$ 32 mil impede início das atividades da APAE de Campos Borges
Desde dezembro do ano passado, as atividades da APAE, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, não são realizadas no município de Campos Borges.
Os trabalhos realizados pela APAE foram cessados devido a um processo em execução referente ao ano de 1998 e 1999, o qual a entidade, na época, não prestou contas ao estado. Os recursos que mantinham a funcionalidade da instituição em perfeita ordem, eram provenientes do governo estadual. Depois de quase 20 anos do ocorrido, nenhum membro diretório do grupo propôs uma negociação com estado para que o repasse continuasse.
Porém, essa história tomou um percurso diferente, no início do ano de 2019, onde a atual presidente da APAE de Campos Borges, Fernanda Bernardi, procurou firmar um acordo com a procuradoria do estado. Devido à instabilidade financeira do Rio Grande do Sul, o mesmo não concordou em abrir mão da dívida.
O déficit com o estado está na casa dos R$ 32 mil, sendo que em janeiro deste ano, a entidade teve suas contas bancárias bloqueadas com aproximadamente R$ 18 mil em saldo. Tendo ainda que arcar com R$ 14 mil para que o débito total seja pago.
Por ser uma entidade independente, não possuí vínculos com o município, mesmo sendo auxiliada por muitos anos pelo mesmo, através de repasses que ajudavam a manter as finanças em dia. Entretanto, o grupo não pode mais firmar convênio com o município, pois está inadimplente, ou seja, não está em dia com suas obrigações jurídicas.
Em consequência do corte de verbas a instituição, os serviços ofertados pela APAE, aos portadores de deficiência do município não foram iniciados ainda no ano de 2019. Todos os participantes da entidade foram comunicados, através de uma reunião, colocando-os à par da situação.
A presidente da APAE de Campos Borges, Fernanda Bernardi, fala respeito do assunto.
A entidade aguarda uma negociação com estado, para que seja realizado um acordo para o parcelamento da dívida.
O atendimento da APAE acontecia semanalmente, nas segundas, terças e quartas-feiras no município, dando auxílio a 25 crianças e adultos camposborgenses. Fernanda comenta sobre a importância desse trabalho.
Os detalhes da situação do grupo está disponível através da página na Web do Cadin, Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal.
Ouça a entrevista completa no player abaixo:
