Ernani Polo, Sérgio Turra e Ronaldo Santini são cotados para Secretaria da Agricultura do RS
A pouco mais de 10 dias da posse do novo governo do Estado, há poucas certezas no horizonte do setor agropecuário. Uma delas é a de que as secretarias de Agricultura e de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo devem mesmo ser unificadas — salvo alguma reviravolta de última hora. A outra é a de que o PP deverá fazer o titular dessa pasta.
Nos bastidores, alguns nomes chegaram a ser apontados, como o do deputado estadual reeleito Sérgio Turra, que tem no público do segmento seu eleitorado. Mas ele também foicontrário ao aumento de ICMS, o que se tornou uma pedra intransponível no caminho até a indicação.
Outro nome que apareceu foi o do também deputado estadual reeleito Ernani Polo, que esteve à frente da Secretaria da Agricultura durante o governo de José Ivo Sartori — posição da qual abriu mão para disputar uma vaga na Assembleia. Mas, além da imagem colada à do governador que deixa o cargo, Polo também tem interesse na presidência da Assembleia Legislativa.
Mais recentemente, outros ingredientes foram acrescentados. Como a indicação de um nome que abrisse vaga para Ronaldo Santini (PTB), suplente de deputado federal e aliado de Eduardo Leite na campanha.
Nesta terça-feira (18), o PSB, que comanda a Secretaria de Desenvolvimento Rural na atual gestão, decidiu pela participação no governo do tucano. Mas a extinção dessa pasta trouxe desconforto interno. Ligados à agricultura familiar e ex-presidentes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado, os deputados da legenda Heitor Schuch (federal) e Elton Weber (estadual) se mostram visivelmente contrariados com a junção das pastas.
— A manutenção da secretaria não está vinculada aos cargos, mas sim às políticas e programas específicos para a agricultura familiar, uma categoria com um perfil diferenciado de atividades — garante Weber.
Ontem, o PSB enviou documento ao governador eleito, aprovado pela executiva do partido, solicitando que Leite reconsidere a decisão de juntar as duas pastas. Presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva passou o dia tentando sensibilizar os parlamentares ligados ao segmento. Um dia antes, ao receber prêmio na assembleia, ele já havia pedido que a extinção não se concretizasse.
Fonte: Gaúcha ZH