Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2024
Telefone: (54) 3383.3400
Whatsapp: (54) 3383.3400
Curta nossa página no Facebook:
Clique para Ouvir
Tempo limpo
26°
12°
26°C
Espumoso/RS
Tempo limpo
No ar: Alma Campeira
Ao Vivo: Alma Campeira
Notícias

Japão aprova despejo de 1 milhão de toneladas de água contaminada da usina de Fukushima no oceano

Japão aprova despejo de 1 milhão de toneladas de água contaminada da usina de Fukushima no oceano
22.07.2022 15h22  /  Postado por: Mirele Caldas

O órgão que regula o setor nuclear do Japão aprovou, nesta sexta-feira (22), um plano para liberar no oceano mais de 1 milhão de toneladas de água contaminada da usina nuclear de Fukushima, o que provocou o descontentamento da China.

Este projeto foi adotado pelo governo e recebeu o apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), mas a operadora da usina, a Tepco, ainda precisa convencer as comunidades locais para seguir em frente.

O plano consiste em despejar gradualmente no Oceano Pacífico mais de 1 milhão de toneladas de água contaminada com trítio, um radionuclídeo que não pode ser eliminado pelas tecnologias atuais, mas cuja diluição no mar já é praticada no Japão e no exterior em instalações nucleares em serviço.

Esta água tritiada vem da chuva, águas subterrâneas e das injeções de água necessárias para resfriar os núcleos de vários reatores nucleares de Fukushima que derreteram devido ao terremoto e tsunami de 11 de março de 2011.

Mais de mil tanques foram instalados ao redor da usina para armazenar essa água tritiada após as operações de purificação destinadas a eliminar outras substâncias radioativas. Mas a capacidade de armazenamento vai saturar em breve.

Segundo especialistas, o trítio só é perigoso para os seres humanos em doses altamente concentradas, situação a priori excluída no caso de despejo no mar ao longo de várias décadas, como prevê a Tepco.

A AIEA também acredita que este projeto será realizado “em plena conformidade com as normas internacionais” e que “não causará danos ao meio ambiente”.

A Tepco planeja iniciar a operação em 2023, após a construção de um conduto submarino para transportara  água tritiada a aproximadamente um quilômetro da costa.

Mas a operadora ainda precisa obter aprovações prévias do departamento de Fukushima e dos municípios próximos à usina, ao mesmo tempo em que tenta acalmar as preocupações dos pescadores locais, que temem consequências negativas na reputação de seus peixes entre os consumidores.

O projeto também foi criticado por seus vizinhos, China e Coreia do Sul, além de organizações ambientais como o Greenpeace.

“Se o Japão continuar a colocar seus próprios interesses acima do interesse geral internacional, se insistir em dar (este) passo perigoso, com certeza pagará o preço por seu comportamento irresponsável e deixará uma mancha na história”, reagiu o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, nesta sexta-feira (22).

R7

Comente essa notícia
Receba nosso informativo
diretamente em seu e-mail.
Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
CONCORDO