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A pesquisa sobre os túneis secretos de Ibirubá continua em busca da verdade

A pesquisa sobre os túneis secretos de Ibirubá continua em busca da verdade
15.07.2022 14h01  /  Postado por: Tânia Diehl

Contrariando os depoimentos das testemunhas oculares e o clamor público, o Ministério Público de Ibirubá não acolheu e arquivou o pedido feito pelo jornalista Clóvis Messerschmidt, que solicitava uma vistoria oficial com profissionais e equipamentos especializados em toda a extensão da propriedade apontada como o ”epicentro dos túneis’’. Com uma única tentativa frustrada, o Ministério Público de Ibirubá mandou escavar uma trincheira superficial num espaço restrito daquela grande área, assim encerrando a investigação.

Há sete anos, o jornalista ibirubense Clóvis Messerschmidt vem atuando  na pesquisa jornalística sobre os túneis secretos de Ibirubá, com o objetivo principal de preservar essas estruturas subterrâneas, para torná-las turísticas, tendo em vista que elas são patrimônio histórico da humanidade, Clóvis vem atendendo ao clamor público, conquistando o apoio de autoridades, entidades, universidades federais, voluntários e muitos simpatizantes, além de toda a imprensa e da iniciativa privada, a qual vem patrocinando o seu trabalho independente.

Com várias frentes de trabalho, Clóvis também procurou o Ministério Público de Ibirubá, pois está defendendo um interesse coletivo, objetivando conseguir uma autorização judicial para que os geólogos e geofísicos pudessem realizar uma vistoria oficial, com georadares e sondas elétricas, numa propriedade particular, apontada pelas testemunhas, como o epicentro dos túneis. Inclusive, logo o local sofrerá intervenções, pois se tem notícia que o atual proprietário deseja construir um prédio, já tendo demolido um dos imóveis, fato este que gerou comoção popular por se tratar de uma das casas mais antigas do município.

Como os geólogos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) não puderam vir, em razão da troca de reitoria e também da pandemia de Covid-19, o jornalista buscou apoio da Prefeitura Municipal de Ibirubá e também de patrocinadores, obtendo êxito, pois assim poderia contratar outros profissionais particulares. Porém, o Ministério Público local optou pelo método da trincheira num ponto restrito daquela propriedade, procedimento este que, segundo entendimento dos especialistas, deveria ser a última alternativa a ser adotada, por ser uma técnica superficial, inconclusiva e que poderia destruir os túneis, já que seria feita ao esmo, sem nenhum estudo detalhado do subsolo.

Clóvis recorreu da decisão, apresentando pareceres técnicos de renomados geólogos e geofísicos, que recomendaram convictamente o mapeamento subterrâneo através de georadares e sondas elétricas. Além disso, surgiu o relato de mais um depoente importante, o qual revelou o local exato de onde partem os túneis, sendo necessária uma vistoria em toda àquela grande propriedade, mas mesmo com tudo isso, não foi possível mudar o método e nem expandir a área a ser investigada.

Então, no dia 11 de novembro de 2021, foi feita uma valeta no lugar, através de uma retroescavadeira, num único espaço extremamente limitado, onde era exatamente a sala de estar da extinta casa centenária, numa parte da área frontal daquela grande área, medindo cerca de 10 metros de comprimento, 1,5 metros de largura e 3 metros de profundidade, na Rua Getúlio Vargas, nº 758, em frente ao palco da praça central. Lembrando que uma testemunha cabal, que ajudou a escavar os túneis, na década de 40, deixou bem claro que eles estão numa profundidade de mais de 5 metros, partindo da casa dos fundos, na referida propriedade.

Entretanto, não se logrando êxito nesta única tentativa, a qual, conforme já mencionado, não se trata da melhor técnica para averiguação do subsolo, o Ministério Público entendeu por dar por encerradas as investigações, arquivando o inquérito e indeferindo todos os recursos interpostos, sem ter ouvido uma testemunha sequer. O jornalista vinha lutando para ter a oportunidade de fazer uma vistoria oficial, assim podendo dar uma resposta conclusiva à população.

Vale lembrar que a escavação da vala gerou grande reprovação popular, da forma como ocorreu, rendendo inúmeras críticas e questionamentos nas redes sociais, além de manifestações de conceituados geólogos e geofísicos, que destacaram com veemência que o uso dos georadares e sondas elétricas são os melhores métodos da atualidade para a localização precisa dos referidos túneis.

Com o estrondoso apoio recebido, Clóvis segue motivado na sua missão, conquistando novos e importantes aliados, assim conseguindo traçar novas ações e metas, as quais logo serão postas em prática, para a frustração dos omissos, conspiradores e críticos. Nas próximas edições, divulgaremos uma reportagem especial sobre o laudo pericial dos dentes encontrados no forno do antigo frigorífico, como também do osso retirado do túmulo do Dr. Frederico Ernesto Braun, além da avaliação de uma advogada especialista sobre o descaso com o patrimônio histórico e cultural de Ibirubá.

MUNICÍPIO PODE RECEBER O TÍTULO NACIONAL ”IBIRUBÁ: CIDADE DOS TÚNEIS”

Contando com a colaboração especial do administrador Jovan Gasparetto, o jornalista Clóvis iniciou um processo público na Superintendência do IPHAN no Rio Grande do Sul (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), para análise documental – ”Ibirubá: Cidades dos Túneis”, e posterior instrução processual, registro, declaração e tombamento como patrimônio cultural imaterial do Brasil ou alternativamente no que tange ao registro de bens imateriais.

No momento, está aos cuidados da coordenação técnica, na pessoa do historiador Diego Vivian, para elaboração de um parecer da área técnica de História, aguardando complementação documental e demais providências que surgirem no rito processual. Em outras palavras, com esse registro, Ibirubá será reconhecida nacionalmente como a ”Cidade dos Túneis”, tendo a sua cultura e história eternizadas, inclusive podendo explorar esse título turisticamente, assim atraindo visibilidade e investimentos, criando novas alternativas de renda ao município.

Fonte: Acontece no RS

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