Para Aod Cunha, após fim da majoração do ICMS, não há mágica nas contas públicas
O ex-secretário da Fazenda no governo Yeda Crusius de 2007 a 2010, e economista, Aod Cunha falou sobre a redução das alíquotas majoradas do ICMS, que começou a valer no último sábado, 1º de janeiro. As alíquotas de gasolina e álcool caem de 30% para 25% no estado. Já a alíquota modal, ou seja, geral, passará para 17%. A redução deve impactar produtos como vestuário, calçados, eletrônicos e eletrodomésticos. A majoração das alíquotas é uma medida que havia sido encaminhada pelo então governador José Ivo Sartori para aumentar a arrecadação e enfrentar a crise financeira do estado. No governo seguinte, de Eduardo Leite, a elevação foi prorrogada
Com a redução, o estado passa a perder cerca de R$ 300 milhões nas receitas, dos quais 25% são dos municípios. Aod Cunha, economista diz que cada governo tem de fazer a sua escolha para gerir as contas públicas mas que deve haver continuidade na compreensão que as medidas vão ajudar a todo o Estado.
O economista Aod Cunha rebate a afirmação de que ajuste fiscal prejudica programas sociais. Para ele é exatamente o contrário, pois a população menos assistida é a mais prejudicada quando o Estado não faz seu papel.
Aod Cunha, prevê um 2022 muito difícil em termos econômicos, com crescimento de 0,5% e taxa de juros de 11,5% ao final deste ano.