Custo da conta de luz deve seguir elevado em 2022, mesmo com reservatórios em recuperação
Além dos custos deixados pela pandemia e pela crise energética, há fatores adicionais de pressão sobre a tarifa, especialmente em 2022:
Alta do preço dos combustíveis utilizados pelas usinas termelétricas e nucleares. As tarifas de Angra 1 e 2, por exemplo, subiram 40% de 2021 para 2022, devido à alta do combustível nuclear; disparada dos índices de inflação, utilizados para reajuste dos contratos do setor, em especial do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado).
O IGP-M acumulado de novembro de 2020 a outubro de 2021 ficou em 21,72%, enquanto o IPCA (inflação oficial do País) acumulado no mesmo período foi de 10,67%; alta do dólar, usado como referência para tarifa da energia produzida pela usina de Itaipu Binacional; e alta dos subsídios a serem pagos pelos consumidores de energia através da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), exceto os de baixa renda.
A Aneel propõe que os consumidores paguem R$ 28,791 bilhões, através de encargos incluídos na conta de luz, para bancar os subsídios concedidos pelo governo no setor de energia. Se confirmado, o valor terá alta de 47%, ao passar de R$ 19,6 bilhões neste ano para R$ 28,8 bilhões em 2022.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, apesar de o preço médio de contratação do leilão emergencial ter sido de R$ 1.563,61 por MWh, houve deságio – isto é, o preço a ser pago pelo governo será inferior ao valor de mercado da energia.
*O Sul