Estado lança programa de incentivo ao cultivo de milho na abertura da colheita
Com expectativa de chegar a 4 milhões de toneladas na safra 2019/2020, a 9ª Colheita do Milho foi aberta nesta sexta-feira (7/2), em Chiapetta, na região Noroeste, considerada a principal produtora dessa cultura no Estado. A região sedia o evento, a cada ano variando a cidade-sede. Além do começo simbólico da colheita, também houve o lançamento do Programa Estadual de Produção e Qualidade do Milho, o Pró-Milho RS. Após a assinatura do convênio pelo governador Eduardo Leite as entidades parceiras entregaram a Leite o termo de apoio ao programa.
O governador ressaltou que somente o Pro-Milho RS não é suficiente. Ao lembrar as medidas que vêm sendo tomadas pelo governo para melhorar as condições de investimento no Estado, o governador também citou a modernização do Código Ambiental e os esforços tomados para a redução dos custos logísticos e tributários e da burocracia.
De acordo com a Emater/RS, a expectativa era de que a produção de milho tivesse um aumento, em relação à safra anterior, de 3,65% – cerca de 209 mil toneladas –, como resultado do aumento de 1% na área cultivada, e de 2,58% na produtividade. Sendo assim, antes da estiagem, a estimativa era de que a colheita do grão chegasse a 5,9 milhões de toneladas, um pouco acima do resultado da safra de 2018/2019, que foi de 5,7 milhões de toneladas.
No entanto, a safra do milho também foi afetada pelo período de seca. O diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, estima uma perda de 20% em relação às 5,9 milhões de toneladas previstas inicialmente, o que resultaria em uma colheita de cerca de 4 milhões de toneladas.
As maiores perdas foram nas regiões de Porto Alegre (35%), Caxias do Sul (35%) e Santa Maria (40%). Em outras, porém, como nas regiões de Santa Rosa e Bagé, a quebra não passou dos 5%.
Os dados são da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Social (Seapdr).
O Programa Estadual de Produção e Qualidade do Milho (Pró-Milho RS) tem o objetivo de aumentar a produção do cereal, tornando o Rio Grande do Sul autossuficiente nessa cultura. Um dos motivos para a criação do programa é o fato de que a produção gaúcha ainda não atende à demanda. Além da alimentação humana, o cereal é essencial para as cadeias produtivas da proteína animal, como avicultura, suinocultura e bovinocultura de corte e leite.
Na produção, a estratégia será intensificar a assistência técnica aos produtores, ter maior eficácia tecnológica na produção, ampliar a área irrigada de milho, pesquisar variedades mais adaptadas a cada região e aumentar a produtividade em regiões de menores resultados por área.
No item qualidade, o grupo indicou a necessidade de ampliar o número de secadores de grãos, modernizar os procedimentos de recebimento, limpeza e secagem e aumentar a capacidade estática de armazenamento no Estado.
Para crédito e comercialização, definiu-se que é preciso ampliar comercializações antecipadas e a utilização de mecanismos de travamento de preços, como contrato a termo, mercado futuro e contrato de opções; agilizar as contratações dos financiamentos de custeio e investimento; e buscar parcerias com agentes financeiros e bancos de fábrica para financiamentos de equipamentos de irrigação, secadores e armazéns.
O secretário Covatti Filho explica:
Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini