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Dólar avança a R$ 6,16 com remessas e espera da conclusão das votações do pacote fiscal

Dólar avança a R$ 6,16 com remessas e espera da conclusão das votações do pacote fiscal
18.12.2024 16h31  /  Postado por: luantavares6930

O dólar voltou a subir nesta quarta-feira. A moeda americana abriu a sessão com em alta de 0,02%, a R$ 6,0972, mas depois disso acelerou. A tendência de alta se deve à espera pela conclusão da votação das medidas do pacote fiscal na Câmara, que tende a acontecer nesta quarta-feira (18). Às 11h10, o dólar à vista tinha alta de 1,09% frente o real, a R$ 6,162.

Na véspera, o dólar chegou a R$ 6,20, no auge do estresse fiscal, mas cedeu até fechar o pregão em R$ 6,09, depois de declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, de que a votação das medidas de contenção de gastos poderiam acontecer ainda na terça-feira. O texto-base foi aprovado, mas a votação de três destaques relacionados ao Projeto de Lei Complementar (PLP) do pacote de ajuste fiscal foi adiada.

A disparada do dólar já vem desde a semana passada, quando o Banco Central decidiu injetar cerca de US$ 12,7 bilhões no mercado de câmbio via leilões de dólar para tentar conter a disparada da cotação. É a maior frequência de intervenções desde 2021.

Preocupação

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, demonstra preocupação com o dólar acima de R$ 6 apontando os impactos diretos nos preços e na inflação, em entrevista ao Valor Econômico. ‘É evidente que uma taxa acima de R$ 6 nos preocupa, com os impactos em preços. Temos que trabalhar, aprovando as medidas que enviamos para o Congresso, demonstrando sempre que possível o nosso compromisso com equilíbrio fiscal e com a retomada dos superávits primários’, afirmou.

Os juros futuros curtos sobem e os longos aliviam após anúncio das condições das ofertas dos leilões de compra e venda de títulos, que serão realizadas pelo Tesouro nesta quarta. Outros leilões, de compra e venda de títulos, serão realizados também nesta quinta e sexta-feira. É a primeira vez desde maio de 2020, durante a pandemia de covid-19, que o órgão cancela um leilão tradicional de títulos públicos de quinta-feira e anuncia intervenção na tentativa de acalmar o estresse no mercado com o pacote fiscal.

Os investidores não relaxam enquanto a Câmara e o Congresso não concluírem as votações do pacote fiscal e leis orçamentárias. Nesta terça, a Câmara aprovou o primeiro dos três projetos do pacote fiscal e agora faltam outras duas propostas que devem ser votadas nesta quarta: a que impõe teto de 2,5% de valorização real do salário mínimo e endurece regras do BPC, além de PEC com medidas complementares. O Congresso ainda deve analisar a LDO.

A expectativa pela decisão de juros do Fed (16h) e pelos sinais do seu presidente, Jerome Powell, sobre os possíveis próximos passos do BC americano também deixa o investidor na defensiva. O mercado espera corte de 25 PB hoje, para o intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano, e possíveis sinais sobre mudança de rumo diante do novo governo de Donald Trump a partir de janeiro, que promete impor tarifas, inclusive ao Brasil, o que é visto como potencialmente inflacionário.

Por enquanto, não há leilão cambial programado para esta quarta. Em 4 dias úteis, desde a última quinta, o BC vendeu US$ 12,7 bilhões em leilões cambiais, maior volume desde a pandemia, em março de 2021. Ainda assim, ontem, o dólar voltou a fechar em alta, renovando a máxima histórica em relação ao real, cotado a R$ 6,0961.

Correio do Povo

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