Em uma sessão movimentada e com direito a expulsão de integrantes da plateia, a Assembleia Legislativa gaúcha retomou os trabalhos nesta terça-feira e aprovou, entre os 10 projetos da pauta, o mais polêmico: um Plano Municipal de Arborização. A proposta, que foi aprovada com 30 votos favoráveis e 11 contrários, ampliou, na prática, as permissões das empresas de energia elétrica para poda e manejo de árvores, inclusive de vegetações nativas e protegidas por lei.
Apesar de, na prática, as concessionárias já realizarem o corte e poda de árvores, as críticas dos deputados de oposição e dos ambientalistas presentes nas galerias era de que, com o projeto, as empresas ganharam o poder de decidirem sozinhas sobre o manejo da vegetação, praticamente sem o crivo de órgãos ambientais.
O problema, avaliam, é de que há uma série de especificidades da vegetação que as empresas não consideram, como as árvores tombadas como patrimônio. Outra crítica era a de que, ao estabelecer o Plano de Arborização obrigatório para os municípios acima de 20 mil habitantes, faltaram critérios importantes que aprimorariam a proposta. Como elencar critérios envolvendo os viveiros ou espécies ameaçadas.