A iridologia não é recente, pois desde o antigo Egito e entre os hebreus já era largamente praticada. Documentos encontrados entre 1000 e 200 a.C. se referem à leitura das doenças através dos olhos.
Mas a moderna iridologia surgiu em fins do século 19, através da obra do médico húngaro Ignatz von Peczeley. Quando rapaz, ao capturar uma coruja, acidentalmente quebrou-lhe uma das patas. Pouco depois, Ignatz notou o aparecimento de uma listra escura na parte inferior do olho do pássaro. Pôs uma tala na pata da coruja e cuidou dela, esperando que ficasse completamente curada. Mas continuou observando.
Nos anos que se sucederam, viu que, nos olhos da ave, em lugar da listra negra, havia linhas brancas e sinuosas. Essa descoberta acabou por deixá-lo fascinado, e, ao se formar em medicina, em Budapeste, passou a estudar os olhos de diversos pacientes. Usava um enfoque inverso: diagnosticava a doença que os acometia e tentava verificar se se espelhava em seus olhos, e de que maneira.
Muitos outros especialistas se ocuparam do estudo da iridologia, como Louis Vannier, para quem o método permitia definir o estado orgânico do indivíduo fiar momento do exame, as suas alterações passadas e distúrbios funcionais do presente. Outro pesquisador, Gaston Verdier, descobriu mais de 160 pontos num olho e 160 no outro, correspondentes aos órgãos do corpo humano.
A iridologia, portanto, é uma ciência que permite, graças à observação da íris, detectar perturbações orgânicas, metabólicas, nutricionais, nervosas, hormonais e certas patologias. Isto é possível estudando os numerosos sinais que devemos descodificar e interpretar segundo uma técnica rigorosa. Assim, observamos que, embora etimologicamente, Iridologia seja o estudo da íris, sabemos se tratar de algo mais que isso.
Acompanhe a entrevista completa com Daíze Duarte, Iridóloga: