Carnaval: Feriado em 2022 registrou 288 acidentes nas rodovias federais do Sul
Os planos de viagem para curtir o Carnaval já começaram e o feriado deve registrar estradas cheias. Mas para que a celebração não acabe em tragédia, o percurso deve ser feito com a máxima prudência. Segundo o Observatório de Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de sábado até a terça-feira de Carnaval do ano passado, as estradas federais da região Sul do país registaram 288 acidentes, média de 72 casos por dia. Nessas ocorrências, 63 pessoas ficaram gravemente feridas e 23 perderam a vida.
O consumo excessivo de bebida alcoólica – proibido por lei quando se envolve direção – e o desrespeito às demais legislações de trânsito, são os principais fatores de acidentes e que causam a maior demanda de cirurgias ortopédicas.
Entre as lesões mais comuns em acidentes de trânsito estão as fraturas expostas, as quais, com o impacto da batida, o tecido muscular, tendão ou pele podem ser lesados, ocorrendo a exposição óssea, fala o presidente da SBOT-RS (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Rio Grande do Sul), Marcos Paulo Souza. “É um tipo de fratura que possui gravidade mais elevada, em função de o tempo de recuperação ser maior, já que mais tecidos foram envolvidos e as fibras musculares rompidas, e pelo alto risco de contaminação e infecção dos tecidos devido à exposição ao meio externo”, explica o ortopedista.
Outra lesão grave é a fratura na bacia. “Quando sentado no banco, há uma pressão elevada nos quadris e a região da pelve pode ser afetada. A fratura na bacia é muito comum em acidentes em alta velocidade, com risco de hemorragia, o que pode ser fatal em poucas horas”, salienta.
O especialista pontua que, ao dirigir, o máximo de atenção e respeito às leis de trânsito devem ser seguidos para evitar a série de consequências que um acidente traz. “Álcool e direção, um dos grandes problemas que vemos, não combinam. Os acidentes de trânsitos impactam na saúde da vítima, da sua família e têm um alto custo financeiro. Enfim, geram um grande problema”, finaliza o ortopedista.