Luciana Menezzes fala sobre os problemas que levam às pessoas a pensarem em tirar a própria vida
Os valores humanos de amizade, amor, solidariedade e fraternidade normalmente são necessidades e práticas que todos nós possuímos. Sabemos que na convivência esses valores vêm à tona e aparecem em nossas relações, ainda que não tenhamos sido preparados ao longo de nossa caminhada, para nos afastar de nossos queridos e amados com quem convivemos.
Quando a perda de alguém que amamos acontece por suicídio, os valores e crenças que podem estar presentes possibilita a prova desses valores e tudo pode ficar vulnerável e fragilizado diante deste impacto.
Muitos à nossa volta, familiares e amigos, acabam surpresos com esse tipo de perda, chegando a acreditar em vários mitos e preconceitos, possivelmente herdados e aprendidos através da nossa cultura, justamente por não saberem lidar, e sentem-se despreparados com este incômodo e revés que surge.
Mas a dor daquele que é bem mais próximo dessa perda pode se apresentar profunda e por vezes devastadora, gerando sentimentos confusos de vergonha, raiva, culpa e solidão. São acrescidos da incompreensão alheia por desconhecer na maioria dos casos como tratar este tipo de morte, porém que existe e é necessário conversar e conhecer para melhor compreender a complexidade que envolve o suicídio. Quem está próximo dos amigos e familiares pode ajudar se colocando à disposição do outro e acolhendo a dor de tantos sentimentos contraditórios presentes, procurando demonstrar os melhores traços dos valores que possuímos como seres humanos.
Luciana Menezzes fala sobre o assunto: