Celulares terão variação de rede de internet até que cobertura do 5G seja completa; entenda
O 5G no Brasil ainda não é uma realidade para todos, mas aos poucos a chegada do sinal vai ficando perceptível para alguns usuários. Enquanto testes são feitos pelas operadoras, a rede de alta conectividade começa a aparecer disponível em alguns aparelhos compatíveis, ainda que de forma instável.
Eduardo Tude, presidente da consultoria de telecomunicações Teleco, explica que, em algumas cidades, as operadoras estão utilizando a tecnologia 5G DSS, uma rede que usa as mesmas frequências do 4G, variando de uma rede para a outra:
– O DSS é um compartilhamento dinâmico. Você usa a frequência compartilhando com o 5G. Do ponto de vista do usuário, o que muda é que no DSS você tem uma velocidade de 100 Mbps, e no 5G vai para 400 Mbps.
Enquanto a internet de quinta geração não operar a pleno, o sinal ficará oscilando entre redes de 4G e 5G. O efeito prático disso é que os celulares ficarão o tempo todo buscando sinal e variando de uma rede para a outra, o que pode consumir mais bateria dos aparelhos.
— O celular vai continuar indo do 4G para o 5G. Você está na varanda pela rede 5G, entra em casa, vai para a 4G. Isso vai acontecer por um tempo, assim como aconteceu quando chegou o 4G e variava para o 3G — lembra Tude.
Vinicius Caram, superintendente de Outorgas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), disse que a instabilidade será resolvida à medida que as redes do chamado 5G “puro” forem sendo ativadas pelas operadoras.
O consultor da Teleco estima que uma cobertura completa ainda possa levar de três a quatro anos para acontecer. E cita como exemplo a Coreia do Sul, primeiro país a lançar a internet ultra rápida, onde alguns celulares ainda ficam apenas 30% do tempo no 5G.
Fonte: GZH