A celeridade na resolução para o problema se deve ao fato de que, na noite de quarta-feira (13), o condomínio Edifício Comércio e Indústria aceitou a proposta da prefeitura paulistana para a demolição do prédio. Assim, não se fez necessária uma ação judicial para obter a autorização para demolir o edifício.
A empresa responsável pela obra, como confirmou a prefeitura nesta sexta-feira (15), será a G2O Gerenciamento e Obras.
O condomínio terá que ressarcir a gestão municipal com o preço da execução do serviço, que ainda não foi definido. Segundo o secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Marcos Monteiro, os valores serão apurados durante os trabalhos.
Terminado o combate às chamas, a análise dos dados das vistorias apontou que a estrutura está estabilizada. Porém, segundo a prefeitura, ainda há risco de desabamento, apesar de não haver mais riscos de ruptura.
Questionada, a gestão não confirmou se a demolição será total ou parcial.
A partir das 9h deste sábado, uma equipe de técnicos da prefeitura e a perícia da Polícia Técnico-Científica estarão no local para acompanhar o início do trabalho.
Comerciantes
Comerciantes protestaram na tarde de sexta pelo fechamento de lojas e ruas na região e apontam prejuízos. O incêndio começou no domingo (10) e só foi extinto na quarta-feira (13). Ainda assim, as interdições de ruas e nove edifícios permanecem.
A Prefeitura de São Paulo estima que vai precisar de pelo menos uma semana de investigação no prédio para definir os prazos de liberação das ruas e das lojas que permanecem fechadas. A previsão foi feita por Marcos Monteiro, secretário de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo, em entrevista à “Rádio Eldorado”.
Cerca de 300 lojas permanecem fechadas, de acordo com a Univinco (União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências). A Rua Comendador Abdo Schahin, onde se localiza o prédio de dez andares que foi destruído pelo fogo, está totalmente interditada. Ela é uma via paralela à rua 25 de Março. Por isso, várias lojas de um dos principais centros de comércio popular do país estão fechadas por causa do risco de desabamento do prédio da rua de trás. Além disso, existem cinco pontos de interdição para veículos.