Plano de evacuação da Galeria do Rosário falhou durante incêndio, dizem bombeiros
O plano de evacuação da Galeria do Rosário, entre as ruas Vigário José Inácio e Marechal Floriano, no Centro Histórico de Porto Alegre, apresentou falhas, segundo o Corpo de Bombeiros, em meio ao incêndio que causou um grande susto no final da manhã desta sexta-feira. “Nesta parte (evacuação), faltou um pouco (de atenção), e é preciso melhorar, porque é necessário este planejamento. Às vezes existe uma falta de cultura das pessoas, que escutam o alarme, mas julgam ser falso”, disse Jaqueline da Silva Ferreira, subcomandante do 1º Batalhão de Bombeiros Militar (1º BBM).
Pelo menos três pessoas inalaram fumaça e precisaram ser atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que esteve no local com duas equipes. Os elevadores e a rede elétrica seguiram funcionando, mas pessoas ligadas à administração do edifício disseram que, ao tocar o alarme, alguns “não obedeceram às ordens”, e subiram andares, em vez de descer.
O síndico da Galeria do Rosário e lojista, Sérgio Jentchmin, contou que há brigadas de incêndio individuais em todos os andares, que foram acionadas e conseguiram auxiliar no controle do fogo. Jentchmin afirmou que as brigadas souberam do incêndio pela fumaça que começou a vazar por baixo da porta da sala atingida. “Muitas vezes, tentamos incutir este treinamento nas pessoas e elas ficam resistentes, mas, em um momento como este, ele prova que é eficaz. Foi apenas um susto”, disse.
As chamas atingiram uma sala no 11º andar do edifício, e teriam iniciado entre uma geladeira e um computador. “Como ela (sala) não tinha muito material combustível, o fogo não se propagou muito. Provavelmente havia alguma coisa ligada ali, mas não podemos afirmar nada”, diz a major. O local vai passar por perícia para avaliação das causas do incêndio. O prédio de 1959, que tem 22 andares e mais de 500 salas comerciais e lojas, precisou ser evacuado. O fogo foi rapidamente controlado, e foi necessário em torno de 100 litros de água.
Fonte: Correio do Povo