Proposta pune associado de CTG que organizar rodeio particular
No próximo fim de semana , acontece em Passo Fundo as convenções tradicionalistas do MTG, nas áreas campeira e esportes . É o momento em que um colegiado, em sua maioria formado por conselheiros e coordenadores regionais, vota a alteração de normas nesses setores . Uma das propostas, apresentada pelo coordenador regional da 25ª RT Rodrigo Ramos (Caxias do Sul), prevê punição a associados de CTGs (com Cartão Tradicionalista) que se envolverem na organização de rodeios “particulares” ou “clandestinos” com aglomeração de animais. São festas campeiras, tais quais os “duelos”, que acontecem fora do calendário oficial de cada região tradicionalista.
Confira os argumentos (transcrição literal).
“A realização de duelos por tradicionalista, no mesmo dia do evento de uma entidade tradicionalista filiada ao MTG, acaba onerando prejuízo financeiro para a entidade tradicionalista, devido à ausência de participantes, motivada pelo evento (duelo) promovido paralelamente, sem respeitar o calendário regional.
Estes eventos promovidos por tradicionalistas filiados, por vezes acabam acontecendo na clandestinidade, sem o cuidado e a responsabilidade de promover seguindo: “Seção lV, Das Condições Para a Realização das Festividades, Art. 13 – Para a realização de qualquer evento tratado no capítulo III, os promotores devem seguir o que determina a legislação federal (lei dos rodeios 10.220 de 11 de abril de 2001 e nº 10.519 de 17 de julho de 2002) e a legislação estadual (lei 11.719 de 07 de janeiro de 2002 e 12.567 de 13 de julho de 2006)”.
Os eventos campeiros que são promovidos de forma irregular por tradicionalistas filiados, acabam não tendo a obrigação de seguir o que regulamenta o julgamento das provas e nem a regulamentação das provas campeiras.
Nestes eventos, percebe-se a desvalorização da cultura gaúcha, desrespeitando o tradicionalismo gaúcho, através das músicas usadas como trilha sonora no evento, trocando a autêntica musica gaúcha por outras linhas musicais, com destaque a música sertaneja e a música country.
O desrespeito ao tradicionalismo gaúcho, sem a necessidade de seguir diretrizes, estes eventos acabam atingindo as vestimentas usadas pelos laçadores (as), onde os mesmos trocam a bombacha pela calça jeans, o chapéu tradicional gaúcho pelo boné e/ou o chapéu usado pelo cowboy americano.
O tradicional apero gaúcho que tanto valorizamos em nossos eventos regulamentados pelo MTG, está perdendo espaço e sendo substituído por itens industrializados que não fazem parte da nossa cultura e nem do nosso estado”.
Rodrigo Ramos
Coordenador 25ª RT
Em nome da transparência e para que todos possam participar dos debates, acesse as proposições que serão examinadas na convenção. https://we.tl/b-IGBlDNPqRB
FONTE: Giovani Grizzotii