Família busca doador de medula óssea para menina de três anos moradora de São Marcos
Os primeiros anos de vida de uma criança deveriam ser rodeados apenas de alegria, mas infelizmente não é o que vem acontecendo com a Brenda Vitória Vitosoafski Pinheiro, uma são-marquense de apenas três anos e que há três meses foi diagnosticada com anemia aplásica severa. A doença, caracterizada por um funcionamento insuficiente da medula óssea, é considerada grave porque causa a substituição do tecido medular normal por tecido gorduroso, impedindo, assim, a formação adequada das células sanguíneas.
A menina precisa de um tratamento que é realizado à base de medicamentos para estabilizar a doença, já seus pais e irmãos não são compatíveis para efetivar a doação de medula óssea, único meio de cura. Por isso, enquanto aguarda por um doador compatível, Brenda está realizando um tratamento que deve durar cerca de dois anos.
De acordo com a mãe, Ivanete Machado Vitosoafski, Brenda começou a apresentar os primeiros sintomas há cinco meses. Foram surgindo manchas roxas pelo corpo, febre e a imunidade da menina começou a diminuir:
— A confirmação da doença foi há três meses, depois da internação no Hospital Geral com a segunda biópsia da medula. Para a gente foi um choque. Gerou um sentimento muito ruim, pois a doença dela, além de rara, é muito perigosa. Essa doença causa hematomas e por qualquer batida ela pode ter uma hemorragia.
Além de Brenda, o casal tem mais dois filhos, uma menina de 10 anos e um menino de seis. Para conseguir cuidar da caçula durante a internação no hospital, que durou três meses, Ivanete precisou deixar de trabalhar.
— Por enquanto ela está fazendo o mesmo tratamento que fazia no hospital em casa para manter as defesas do sangue estável. Uma vez por semana ela precisa receber transfusão de plaquetas e sangue, pois como a medula não produz (plaquetas), ela precisa repor — explica a mãe.
Para arrecadar recursos para manter o tratamento da pequena e ajudar nos gastos com deslocamentos, fraldas e outros recursos básicos, a família está criou uma vakinha virtual. As doações também podem ser feitas por PIX:
- Chave CPF 027.722.760-74 (Ivanete Machado Vitosoafski)
- Chave CPF 019.765.530-08 (Juares Pinheiro)
Transplante de medula é a esperança
A única chance de cura para a doença de Brenda é o transplante de medula óssea, que consiste na substituição de uma medula doente por células normais com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável. A doação é um procedimento realizado em centro cirúrgico.
Interessados em ser doadores de medula devem se dirigir ao Hemocs de Caxias do Sul. No local, o candidato preenche uma ficha com informações pessoais e submete-se à coleta uma pequena amostra de sangue (5 ml). O sangue coletado é enviado para um serviço de referência, onde é realizado o exame de histocompatibilidade (HLA), que identifica as características genéticas que podem influenciar no transplante. O serviço é realizado de segunda-feira a sexta-feira.
O exame/cadastro é incluído no Registro de Doadores de Medula Óssea (Redome) e fica disponível até que o doador complete 60 anos. Caso seja identificada a compatibilidade com um paciente que necessite de transplante, o doador será chamado para realizar exames clínicos e laboratoriais mais detalhados.
- Ter entre 18 e 35 anos de idade;
- Estar em bom estado de saúde;
- Não possuir doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite);
- Não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).
GZH