Psicóloga Márcia Stadtlober fala sobre angústias que rondam o suicídio
Um milhão de pessoas se suicidam a cada ano em todo o mundo, o que representa uma morte a cada 1 minuto e 9 segundos. No Brasil, calcula-se que sejam pelo menos 9.000 óbitos por ano, 25 por dia — um número certamente subestimado.
No nosso país, tivemos um aumento de 30% da mortalidade por suicídio entre jovens, principalmente homens, nas últimas duas décadas. São milhares de brasileiros que perdemos todos os anos. Mas, muitas dessas mortes, poderiam ter sido evitadas. Todos nós conhecemos alguém próximo que morreu por suicídio, ou fez uma tentativa grave. A despeito disso, não falamos no assunto, ou o fazemos à boca pequena.
De onde surgiu esse estigma, esse tabu? O suicídio existe desde que existe o ser humano. Temos relatos de suicídios nas mais antigas e variadas culturas. Na nossa cultura, ocidental cristã, o suicídio se transformou pouco a pouco em uma questão problemática.
Sabemos hoje que praticamente 100% dos suicidas têm um transtorno psiquiátrico que muitas vezes não fora, entretanto, diagnosticado ou corretamente tratado. O sofrimento causado pela doença psiquiátrica e outros fatores podem levar a pessoa a pensar em se matar.
A psicóloga Márcia Stadtlober que é necessário, sim, discutir o assunto, pois lutar contra esse estigma, salvará muitas vidas. Ouça a reportagem: