Capitólio: prefeito diz que é ‘injustiça’ cobrar responsabilidade do município
O prefeito de Capitólio, Cristiano Silva (PP), considera uma “injustiça” que o município seja cobrado por eventuais falhas no monitoramento e fiscalização dos cânions na região. Parte de uma rocha se desprendeu neste sábado, deixando dez mortos e mais de 30 feridos.
“Cobrar responsabilidade em relação à queda de um paredão de pedra, como a gente nunca teve isso em Capitólio, eu acho que fica até uma injustiça”, afirmou em entrevista coletiva. “Meu pai vive aqui, tem 76 anos, nunca viu um desligamento de pedra assim”, completou.
Em outro momento da coletiva, ele disse que não seria “virtuoso” questionar as responsabilidades e afirmou que o trabalho da prefeitura era de prevenção de acidentes envolvendo chuvas e cabeças-d´água. “Daqui para a frente, a gente precisa fazer um monitoramento [geológico]”, declarou.
De acordo com o prefeito, as formações rochosas da região têm fendas naturais, o que dificultaria a avaliação do risco. Ele ainda afirmou que o alerta de risco deveria ser emitido por um “órgão superior”, sem especificar qual. “Aquelas falésias estão ali há milhares e milhares de anos, essa formação rochosa de quartzo tem essa característica de ter essas fendas”, disse.
Segundo o delegado Marcos Pimenta, da Polícia Civil de Minas Gerais, não há mais informações de pessoas desaparecidas além das que estavam na lancha Jesus, a principal embarcação atingida durante o desmoronamento.
*Guaíba