Com foco em aliança eleitoral, Lula e Alckmin se encontram em jantar
Adversários tradicionais da política nacional, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin se encontraram publicamente na noite deste domingo (19), pela primeira vez desde que ambos começaram a negociar uma aliança para disputar a eleição de 2022. Organizado pelo Prerrogativas, grupo de advogados “antilavajatistas”, o “Jantar pela Democracia” reuniu em São Paulo cerca de 500 convidados, incluindo governadores e outras lideranças de destaque.
Apesar de não existir uma união formal, o encontro é carregado de simbologia; governador de São Paulo quatro vezes pelo PSDB, Alckmin se desfiliou na última quarta-feira (15) e estuda convites de várias legendas para traçar seu destino político.
Mesmo à frente da corrida pela sucessão paulista, segundo as pesquisas de intenção de voto, o ex-tucano deve priorizar a disputa nacional e assumir a pré-candidatura a vice-presidente, compondo com Lula. “No Solidariedade, já colocamos a ele (Alckmin) que, se quiser ser vice, será muito bem-vindo”, disse o presidente do partido, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.
Alckmin, entretanto, tem convite anterior do PSB, onde de fato tiveram início as tratativas para que ele se aproximasse de Lula nos últimos meses. O PSB, porém, tem imposto uma série de condições ao PT para selar o acordo. Entre elas, a retirada da pré-candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad ao governo de São Paulo e o apoio ao ex-governador Márcio França (PSB). Haddad e os petistas resistem a essa hipótese, o que abriu as portas para a tentativa do Solidariedade.
O ex-tucano vinha negociando também com o PSD de Gilberto Kassab e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), mas para tentar voltar ao Palácio dos Bandeirantes.
*O Sul