A aplicação da dose de reforço da vacina contra o coronavírus reduz internações e mortes entre idosos brasileiros, apontou a nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 elaborado pela Fiocruz. A terceira dose do imunizante já vem sendo aplicada na população maior de 60 anos. O estudo também mostrou uma tendência de estabilização dos principais indicadores da transmissão do vírus. Apesar, contudo, do cenário favorável, o boletim insiste na recomendação de que a população deve manter os protocolos sanitários, sobretudo em locais fechados.
Na Semana Epidemiológica (SE) 47 – que compreende o período entre 21 e 27 de novembro – o estudo verificou uma tendência à estabilização dos principais indicadores da transmissão da Covid-19. Foram notificados, ao longo da SE 47, uma média diária de 9,2 mil casos confirmados e 230 óbitos em decorrência do coronavírus. Esses valores, na avaliação dos técnicos, representam um pequeno aumento do número de casos registrados (1,6% ao dia) e de óbitos (2,4% ao dia) em relação à semana anterior –14 a 20 de novembro.
O boletim da Fiocruz ainda destacou que, diante da proximidade do verão, um período de festas populares, não se pode ser indiferente às precauções adotadas em outros países. “Os alertas são indicativos para que o Brasil acelere e amplie as campanhas de vacinação e cobertura vacinal, para que se atinja pelo menos pelo menos 80% da população geral com o esquema completo”, apontou. Atualmente, este índice é de 63.47%.
Por fim, são necessárias muita cautela e precaução na adoção de medidas de flexibilização, bem como de exigência de dados atualizados, oportunos e transparentes para o monitoramento de qualquer sinal de mudança.
Em Porto Alegre, ocupação de UTI Covid-19 tem “zona de alerta intermediário”
As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) obtidas em 29 de novembro mostram tendências de queda ou relativa estabilidade do indicador, com exceção de três unidades da Federação: Rondônia, Pará e Distrito Federal. Entre as capitais, Porto Velho, Brasília e Porto Alegre estão na zona de alerta intermediário. Outras 20 capitais, que tiveram taxas divulgadas, estão fora da zona de alerta. E quatro delas – Belém, Fortaleza, Recife e Aracaju – não têm as suas taxas divulgadas separadamente dos índices estaduais, já que nessas cidades não há leitos ativos de UTI destinados exclusivamente à Covid-19.