Foi prorrogada até 30 de novembro a campanha nacional de multivacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos. A estratégia – que se iniciou em 1º de outubro – tem por objetivo colocar em dia doses do calendário de rotina que estejam em atraso.
A pandemia de Covid-19 acentuou em 2020 a queda na procura por essas vacinas, conforme dados da Secretaria da Saúde (SES). Isso pode ocasionar que algumas doenças consideradas erradicadas voltem a circular ou aumente a presença daquelas que vinham com baixos índices de propagação. Em especial pelo momento atual, de gradativa retomada das atividades e retorno desse público às escolas de forma presencial.
Ao todo, o calendário de vacinação prevê 14 tipos de vacinas até os sete anos de idade e outras oito até os 15 anos, fora as que ocorrem em campanhas específicas, como a da gripe e da Covid-19. Cerca de 2 milhões de pessoas no Estado fazem parte desse grupo de menores de 15 anos.
Cerca de 150 mil crianças e adolescentes vacinados
Desde o dia 1º de outubro, cerca de 150 mil crianças e jovens foram vacinados com doses do calendário básico. Isso representa 55% do público que procurou um posto de vacinação, já que muitos não tinham dose em atraso para receber e tiveram apenas a revisão da caderneta. A orientação da SES é que todas as crianças e os adolescentes menores de 15 anos compareçam a uma Unidade Básica de Saúde com a sua caderneta de vacinação, para que um profissional da saúde avalie se é necessária ou não a aplicação de alguma dose.
Entre as faixas etárias, a maior procura nos postos foi do público dos 10 aos 14 anos: cerca de 84 mil crianças e jovens. Desses, 43 mil tinham alguma vacina por fazer. Enquanto as crianças até o 1 ano de idade, que têm 18 doses previstas no calendário até completarem 12 meses, representaram 53 mil entre o público que foi até um posto, com 44 mil delas sendo vacinadas.
- Clique aqui e acesse o relatório da Campanha Nacional de Multivacinação no RS no período de 1° a 29 de outubro de 2021.
Queda nas coberturas das vacinas de rotina
Índices baixos de vacinação aumentam os riscos para doenças imunopreveníveis, como coqueluche, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, meningite meningocócica e pneumocócica, gastroenterite por rotavírus, hepatites A e B, entre outras.
Considerando 10 das vacinas previstas até o primeiro ano de idade, em nenhuma delas foi alcançada a meta de vacinação de atingir ao menos 95% do público da idade preconizada nos últimos quatro anos, sendo que em 2020 nenhuma ficou acima dos 90%. Os dados de 2021 ainda são parciais, pois essas vacinas de rotina têm um prazo de até seis meses para o município registrar as aplicações no sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Texto: Ascom SES
Edição: Secom