Frio e geada contínuos podem elevar custo da produção de leite
O frio extremo e as geadas frequentes registrados no início de agosto no Rio Grande do Sul preocupam os produtores de leite do Estado. Mesmo com a resistência das pastagens à época, a continuidade dos eventos climáticos pode influenciar nos custos de produção da atividade. A avaliação é da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul
Segundo o presidente da entidade, Marcos Tang, o produtor trabalha com as pastagens e o inverno costuma ser uma boa época, pois o azevém é resistente ao frio, mas a um frio moderado, precisando de suas horas de luz e de água. Mesmo que não morra, ela não brota e não conseguimos fazer essa rotação como de costume, com o animal voltando em dez a 15 dias à pastagem, ou retarda o corte para fazer o pré-secado ou feno, que é quem leva a pastagem para o cocho. Essa planta ficará parada no seu desenvolvimento, observa.
Com isso, a preocupação com os custos de produção do gado leiteiro também repercute na propriedade. Conforme Tang, em casos como estes, é necessário aumentar a suplementação. Para Marcos, é preciso que tratar mais no cocho, comprar mais insumos e o custo de produção aumenta. É desta forma que o frio extremo e a geada afetam os custos, pois não tendo as pastagens os animais não podem ficar sem comida, tem que comprar outros insumos para poder oferecer aos animais”, destaca.
Marcos finaliza lembrando de alguns aspectos que o produtor de leite deve levar em consideração: não pensar em irrigação quando não tem água e se profissionalizar.
FONTE: ASCOM GADOLANDO