Os brasileiros que pensam em realizar o sonho da casa própria não têm muitos motivos para comemorar, já que o preço médio dos imóveis construídos abriu o segundo semestre com a maior alta mensal desde agosto de 2014, segundo dados do Índice FipeZap, que acompanha a variação do metro quadrado nas 50 principais cidades do Brasil.
De acordo com o índice divulgado nesta quarta-feira (4), o preço médio de venda de imóveis residenciais ficou 0,64% mais caro em julho. O número, que corresponde à maior variação percentual desde os 0,68% de agosto de 2014, mantém a trajetória de alta do indicador.
As recentes variações correspondem ainda a uma alta nominal acumulada de 2,82% nos sete primeiros meses de 2021 e de 5,13% nos últimos 12 meses. Em ambos os casos, a variação apresentada pelo indicador é inferior à inflação oficial calculada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o período.
A alta nominal do FipeZap em julho foi impulsionada pelas variações de preço registradas em 15 das 16 capitais monitoradas, com destaques para Vitória (+2,74%), Curitiba (+1,79%), Goiânia (+1,75%), Florianópolis (+1,60%), Brasília (+1,59%), Fortaleza (+1,18%), Manaus (+1,14%) e Porto Alegre (+0,98%).
Municípios
A liderança do índice ocorre com a variação de 0,42% dos valores na capital paulista ao longo do mês passado. Ao mesmo tempo, a alta verificada na capital fluminense foi de 0,21%, o que faz o preço médio dos imóveis anunciados na Cidade Maravilhosa chegar a R$ 9.565.
Na terceira colocação do índice, Brasília (DF) se manteve mais uma vez na frente de Balneário Camboriú (SC), Florianópolis (SC) e Itapema (SC) com o preço médio do metro quadrado construído estimado em R$ 8.469, contra R$ 8.278 e R$ 8.027 das cidades catarinenses.
Na outra ponta do índice, a cidade de Betim (MG) segue com o metro quadrado mais barato do Brasil, de R$ 3.077. O município mineiro é seguido por São José dos Pinhais (PR) e Pelotas (RS). Nos municípios, cada espaço mínimo de terra está avaliado em R$ 3.670 e 3.727, respectivamente.
Fonte: Correio do Povo