Jovem é vítima de racismo em Não-Me-Toque em seu ambiente de trabalho
A comunidade não-me-toquense ficou chocada com um episódio de racismo registrado na última quarta-feira (30/6). O funcionário de um conhecido estabelecimento comercial situado no centro da cidade, foi descriminado racialmente por um cliente em seu ambiente de trabalho. O caso repercutiu após uma amiga do jovem divulgar um vídeo em suas redes sociais chamando a atenção para o cometimento do crime.
Conforme o homem, de 21 anos, que é natural de outro Estado, e está há alguns meses residindo e trabalhando no município, tudo aconteceu muito rápido.
O cliente havia estacionado seu carro no estabelecimento e pedido para o funcionário que colocasse um adesivo no seu veículo. O rapaz fez o que foi pedido pelo homem e, após, foi agredido com palavras de ódio racial:
— Ele me deu duas bananas na mão. E não disse nada, aí um cara que estava do lado questionou se ele iria me pagar com bananas, e ele respondeu: “ué mas ele não é um macaco?”. Aí eu olhei pra ele, pedi desculpas e falei que não havia entendido. E ele me disse que eu tinha descendência de macaco. Me questionou se eu não era um macaco. Nisso fiquei sem reação. Eu olhei para o lado e haviam outras pessoas presenciando o fato e balançando a cabeça — afirmou a vítima.
O funcionário ainda nos relatou que no momento ficou sem reação, entrou no estabelecimento. O sentimento era de humilhação e tortura.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Não-Me-Toque. Câmeras de segurança do local flagraram toda a cena, além de testemunhas. Agora, tudo será investigado até que o crime cometido pelo cliente chega nas mãos da Justiça, que irá tomar as devidas providências.
O autor dos insultos racistas conforme relatado é de Victor Graeff, ele será identificado e punido com o rigor da Lei. Infelizmente, a prática de racismo ainda é uma realidade na sociedade brasileira. Ao ser constatado, racismo é um crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão.
Fonte: A Folha do Sul