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Moeda de 500 réis, joias e lixo: curitibano explora o litoral gaúcho com detector de metais

Moeda de 500 réis, joias e lixo: curitibano explora o litoral gaúcho com detector de metais
01.07.2021 10h55  /  Postado por: Luzia Camargo

Mesmo em tardes de muito vento, temperaturas baixas e sol tímido, Joselito Prestes França, 52 anos, é presença confirmada na praia de Tramandaí, no Litoral Norte. Com um detector de metais em uma mão e uma pá na outra, o curitibano procura “tesouros” enterrados na beira-mar, em uma prática chamada “detectorismo”.

Engana-se quem pensa que a busca não resulta em nada: apenas nos últimos 15 dias, França já havia encontrado cerca de R$ 100 em moedas. Ele conta que o item mais interessante que já desenterrou foi uma moeda de prata, datada de 1913, de 500 réis — particularmente especial para o colecionador de moedas antigas.

— Não é a mais valiosa, mas eu gosto de achar coisas antigas. De coisas valiosas já achei aliança, corrente, anel — afirma.

No entanto, o que França mais encontra é lixo — ao qual ele dá a destinação correta.

—Eu acho lacre, tampinha, pedaço de ferro, bastante lixo — relata. — Até caco de vidro. Eu acho tudo ali, junto e jogo tudo no lixo, no cesto correto.

Apesar das descobertas de “tesouros”, a prática é um hobby. França trabalha à noite como segurança, descansa pela manhã e, à tarde, já está com o detector de metais, pronto para passear pela areia. Ele não vende nada do que encontra: guarda tudo e presenteia a família com as joias.

Fernanda Polo / Agência RBS

— Eu faço mais para abstração, porque eu trabalho das 20h até as 8h. Aí eu durmo um pouquinho e saio para abstrair — explica.

Embora goste das aventuras pelo litoral gaúcho, França sente saudades de Curitiba, sua terra natal. Ele mora em Imbé há dois anos, mas pretende retornar em breve para o Paraná — com o detector de metais, é claro. Mesmo Curitiba não sendo uma cidade litorânea, garante que levará o aparelho junto para utilizar tanto na metrópole como nas praias próximas, a cerca de 90 quilômetros da Capital.

Enquanto o momento da partida não chega, ele seguirá aproveitando as tardes em solo gaúcho para descobrir novos tesouros enterrados.

Fonte: Rádio Gaúcha

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