Os depoimentos estavam previstos inicialmente para a sexta-feira (25), mas foram antecipados pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). E ficou prevista para sexta-feira a oitiva do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, Luís Ricardo Miranda, que falarão sobre a compra de Covaxin pelo Ministério da Saúde, investigada pelo Ministério Público Federal.
Pedro Hallal se notabilizou com entrevistas e análises nas redes sociais sobre o avanço da pandemia no Brasil. Em janeiro, ele publicou uma carta na renomada revista “The Lancet” à comunidade científica internacional. O texto incluía números da pandemia do Brasil e a análise de que a maioria dos óbitos se deve a má performance do país. Ele comparou o número de mortes com o tamanho da população brasileira – 2,7% dos habitantes do planeta.
Caso o País tivesse mortes nessa mesma proporção, teria em 21 de janeiro 56.311 casos fatais da doença, e não os 212.893 óbitos já confirmados àquela altura. A comparação indicou que 3 em cada 4 mortes do país seriam, portanto, evitáveis.
Já Jurema Werneck representa o Movimento Alerta, formado por entidades da sociedade civil que trabalharam na consolidação de dados e informações acerca das mortes ocorridas durante a pandemia. O movimento afirma em sua página que tem como objetivo trazer a público a discussão sobre as mortes evitáveis por covid-19, estudos, notícias, medidas judiciais propostas no Brasil e em outros países.
Pedro Hallal e Jurema Werneck foram chamados por meio de requerimentos do relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).
Esta será a terceira sessão com a participação de especialistas sobre o tema. Já falaram à comissão a microbiologista Natália Pasternak; o médico sanitarista Claudio Maierovitch, ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); e os médicos Ricardo Ariel Zimerman e Francisco Eduardo Cardoso Alves.