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Com prisões em Cruz Alta, Pantano Grande e Passa Sete, polícia desarticula quadrilha que falsificava agrotóxicos

Agentes da Polícia Civil cumpriram nesta terça-feira (22) 58 mandados de busca, apreensão e de prisão em quatro estados contra suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em falsificação de agrotóxicos.

As ordens judiciais foram autorizadas no âmbito da Operação Alquimia, a partir de investigações no Rio Grande do Sul, mas com desdobramentos em outras regiões do país, como Ribeirão Preto (SP), cidade apontada como ponto de origem das fraudes e base da liderança da organização criminosa.

Ao todo são 53 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva em 15 cidades do Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso e Bahia com apoio de Polícias Civis desses estados, além da Polícia Ambiental de Cruz Alta (RS). Também houve três prisões em flagrante durante as diligências.

Segundo a Polícia Civil, o homem apontado como líder da quadrilha, de Ribeirão Preto, foi um dos cinco presos preventivamente nesta terça-feira.

De acordo com informações da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), trata-se de um empresário de 39 anos, que foi detido em um apartamento no Jardim Botânico, zona sul da cidade. Ele já tinha sido preso em 2020.

Outros nove mandados foram autorizados no município paulista.

Também há alvos em cidades como Feira de Santana (BA) e Sinop (MT), além de 12 cidades do Rio Grande do Sul: Cruz Alta, Ijuí, Cachoeira do Sul, São Borja, Santana do Livramento, Pantano Grande, Candelária, Passa Sete, Joia, Bagé, Pejuçara e Santa Cruz.

Os suspeitos também tiveram contas bancárias bloqueadas e veículos apreendidos.

Falsificação de agrotóxicos

O esquema foi descoberto por meio de investigações da Delegacia de Repressão aos Crimes Rurais (Decrab) em Cruz Alta (RS), uma das cidades gaúchas onde a organização criminosa armazenava, segundo a Polícia Civil, os carregamentos de defensivos agrícolas que eram falsificados em Ribeirão Preto.

De acordo com os agentes da operação, a carga, também estocada em Ijuí (RS), era comercializada pelos criminosos no Rio Grande do Sul e outros estados por valores abaixo dos de mercado e não produzia os resultados esperados pelos agricultores.

Análises feitas pelas empresas fabricantes dos agrotóxicos originais, com amostras do material do apreendido, mostraram que o produto falsificado não tinha o princípio ativo necessário, segundo a Polícia Civil.

Em etapa anterior da operação, em março do ano passado, o homem apontado como líder da quadrilha já tinha sido preso em flagrante em Ribeirão Preto em um laboratório clandestino, mas foi solto.

Além da falsificação dos agrotóxicos, os investigados na força-tarefa têm antecedentes por outros crimes como estelionatos, furtos, receptação e contrabando, segundo as autoridades.

FONTE: G1

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