Especialistas revelam qual a percepção das pessoas com tantas mortes em um curto período
O Brasil perdeu Eva Wilma, Bruno Covas, Mc Kevin e mais milhares de pessoas para a Covid-19. Especialistas mostram que a sociedade reage à morte de forma diferente a esses casos.
As três mortes chocaram o público: a atriz Eva Wilma, o prefeito Bruno Covas e o funkeiro Mc Kevin. Mas, além deles, milhares de famílias também sofreram ao perder os seus entes queridos para a Covid-19. E estes números são diariamente divulgados pela imprensa em todos os veículos de comunicação.
Mas, em busca de entender de que maneira o falecimento de três personalidades provocou um impacto tão grande em curto espaço de tempo, ao passo que diariamente os noticiários relatam a morte de muitos brasileiros, o neurocientista Fabiano de Abreu explica que “a percepção das pessoas relacionada à morte é algo pessoal. Quando se fala em milhões, já se torna superficial”.
Abreu revela que a mente humana é adaptável. “Assim como há uma adaptação esquiva do que não nos faz bem, um mecanismo protetivo natural proveniente do instinto. Quando nos deparamos com muitas mortes anunciadas, elas surtem um efeito negacionista e o reflexo disso se nota na falta de respeito pelos falecidos na mídia social, que, mesmo mortos, as pessoas negativam a imagem da pessoa”.
Confira a reportagem do neurocientista com a comunicadora Luzia Camargo: