Estudantes brasileiros entre os melhores do mundo na robótica
Estudantes brasileiros estão entre os finalistas de importantes competições mundiais de robótica que acontecem em junho de maneira remota: a FIRST Robotics Competition (FRC), o Global Innovation Awards (GIA) e oF1 in schools. Conheça os torneios e as equipes que vão competir:
FRC: robôs de até 55 kg e 1,5 metro de altura
A FIRST Robotics Competition é a categoria mais complexa entre as competições de robótica da FIRST, organização internacional sem fins lucrativos fundada em 1989 que promove diversos torneios. Nela, alunos de 14 a 18 anos do ensino médio constroem e programam robôs de grande porte, que chegam a 55 kg e 1,5 metro de altura, para realizar tarefas na arena.
O regional da América Latina ocorreu dia 11 de maio, e consagrou quatro equipes brasileiras em diferentes premiações: a Megazord 7563, do SESI/SENAI de Jundiaí (SP); a Nióbio 7566, do SESI/SENAI de Campinas, Hortolândia e Valinhos (SP); a Under Control 1156, do Colégio Marista Pio XII de Novo Hamburgo (RS); e a Magic Island 5800, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
Participaram 1.302 equipes de diferentes países, divididas em 52 grupos, que enviaram os vídeos dos robôs completando as missões pré-estabelecidas pela organização.
Global Innovation Awards
A equipe Megazord 7563, do SESI/SENAI de Jundiaí (SP), foi consagrada uma das 20 finalistas da categoria FRC no Global Innovation Awards (GIA). Participaram da disputa 882 times de cerca de 110 países. Em razão da pandemia, a competição segue on-line, com anúncio dos vencedores no dia 30 de junho também no canal da FIRST no YouTube.
O GIA é o maior prêmio de inovação da robótica educacional, que destaca os melhores projetos e protótipos para problemas do mundo real dentro do tema definido para a temporada, que neste ano está relacionado à prática de atividades físicas. As propostas precisam demonstrar originalidade e viabilidade.
Na outra categoria do GIA, a FIRST LEGO League Challenge (FLL) – em que estudantes de 9 a 16 anos usam programação para movimentar robôs feitos de LEGO – duas equipes representam o Brasil: a SESI Big Bang, de Birigui (SP), formada apenas por meninas; e a SESI Biotech, de Barra Bonita (SP).
F1 in Schools
Parte de um projeto internacional da Fórmula 1, a competição é voltada para estudantes de 9 a 19 anos, que formam equipes de três a seis integrantes para enfrentar desafios reais da modalidade.
Em uma das provas, o objetivo é cruzar a pista de 20 metros na maior velocidade – os carros, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h. Nesta temporada 2019/2020, que teve o calendário adiado em razão da Covid-19, as 44 equipes de mais de 15 países participarão de 15 sessões de Zoom interativas, entre os dias 4 e 8 de junho.
Durante o evento, que também será transmitido ao vivo no YouTube, os competidores conversarão com o mestre de cerimônias sobre seus carros. O Brasil será representado por quatro equipes: a Spark, da Escola S de Criciúma (SC); a Brazilian Six, do Colégio Vértice, em São Paulo (SP); a Team Tachyon, da FourC Bilingual Academy, em Bauru (SP); e a Pocadores, do SESI Jardim da Penha (ES), que vai se juntar a estudantes da Grécia e compor a equipe Zenna.
“Sabemos que não é uma coisa fácil, a gente vai disputar com jovens muito qualificados, de diversos lugares do mundo, com escuderias pesadas. Pessoas da Austrália, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha. Mas somos capazes, vamos representar muito bem o Brasil lá fora”, garante Pedro Lage, 18 anos, da Spark. A equipe, criada em 2018, foi campeã do Festival SESI de Robótica em março do ano passado, garantindo assim um lugar no mundial.
Fonte: Ascom CNI