Considerado o cenário nacional e estadual cuja ausência de mulheres e de pessoas negras em espaços de decisão nas instituições, nas empresas, no parlamento e nos governos municipais e estaduais é pouca ou inexistente, em junho do ano passado, um grupo de advogadas gaúchas de Espumoso, Itaqui, Júlio de Castilhos, Porto Alegre e Uruguaiana criou o Movimento Independente 50-50 de Advogadas Gaúchas – MI 50-50.
O movimento nasceu de uma aspiração natural cada vez mais crescente na sociedade de inclusão e participação de pessoas, que ao longo dos séculos têm estado à larga das instâncias de definição das políticas institucionais, sociais e econômicas, cujas decisões, porém, têm reflexo direto em suas vidas.
Embora o MI 50-50 tenha sido idealizado por advogadas militantes dos direitos humanos e dos direitos das mulheres, conta com a adesão e participação ativa de pessoas, mulheres e homens, negros e não negros, de todas as formações: sociólogos(as), empresários(as), jornalistas, psicólogos(as), cientistas políticos(as), assistentes sociais, pessoas da área da educação, da saúde e da Tecnologia da Informação. Conta, ainda, com a participação ativa de integrantes do Movimento Negro Unificado e dos Policiais Antifascistas.
Desde o seu início o Movimento tem uma coordenação exclusivamente feminina, o que é intencional, já que o protagonismo é das mulheres. Mas, são apoiadas pelos colegas homens e também por profissionais de outras áreas que integram o grande grupo. A coordenação é composta por: Brenda Ipê, Circe Mandidadori Lisiak, Denise Argemi, Lélia Quadros, Luciana Almeida da Silva Teixeira, Maria Leonor Leal Mascarenhas, Nelnie Lorenzoni e Neusa Ledesma.
Circe Lisiak e Luciana Teixeira falaram à reportagem sobre as atividades que estão sendo realizadas pelo Movimento:
