Juliette é a campeã do BBB 21 com 90,15% dos votos e ganha R$1,5 milhão
Juliette venceu a final do BBB21 nesta terça-feira, 4/5. Com 90,15% dos votos, a campeã conquistou o público e levou para a casa o prêmio de R$ 1,5 milhão.
Tiago Leifert começou o discurso do grande resultado, falando sobre as transformações que todos os participantes sofrem ao longo do jogo. Ele citou as mudanças em Camilla de Lucas, Fiuk e Juliette, e elogiou os finalistas.
Sobre a paraibana, o apresentador disse: “Indecisa, sem noção, possessiva, frágil, caça-like, oportunista. Fora o que falaram na suas costas, isso eu não vou nem te falar. Tentaram te fazer louca, triste e má, você tem razão, Juliette. Quando te deixaram triste, você fez a gente dar muita risada. Você não caiu na armadilha de atacar um alvo fácil. Mas a verdade também que você nunca esteve sozinha, em nenhum momento. Você nunca mais vai sentir sozinha. Juliette, você é um fenômeno. Você é a campeã!”
Camilla de Lucas ficou em segundo lugar e recebeu 5,23% dos votos. Em terceiro, Fiuk recebeu 4,62%. O trio vibrou muito com o resultado ao ir em direção ao pódio.
Conheça a biografia da favorita a vencer o BBB 21.
Juliette Freire nasceu em 3 de dezembro de 1989, na cidade de Campina Grande, no interior da Paraíba. Desvenda-se, então, uma das primeiras perguntas que muita gente faz ao Google: Juliette é do signo de Sagitário (com ascendente em Peixes, Sol em Sagitário e Lua em Aquário). Filha da cabeleireira Dona Fátima e do mecânico Seu Lourival, cresceu em uma família simples entre os bairros de Pedregal e Zé Pinheiro. As dificuldades financeiras a acompanharam ao longo de toda a vida e, em 2020, ela recebeu o auxílio emergencial por causa da crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
Juliette cresceu em uma família muito pobre e, segundo reportagem do UOL, aos seis anos já ajudava a mãe em um salão de beleza. Ela tem quatro irmãos mais velhos: Washington, de 38 anos, Lourival Junior, de 43, Otto, de 42, e José Valdelino, de 35. A relação com os quatro é de muita amizade e também foi pauta dentro do programa. Logo no início do jogo, Juliette revelou um trauma de infância e disse, em conversa com Sarah, que ver Lukas Penteado (outro emblemático participante desta edição) fazia ela lembrar dos irmãos.
“Eu já me ‘lasquei’ por ajudar meus irmãos que moravam comigo. E tem um agravante: minha família é pobre, muito pobre. Meus irmãos eram mais pobres que eu, tipo ‘materialmente’. Vieram quatro irmãos de uma vez só. Minha mãe não tinha nenhum filho, tinha perdido um. Aí ela ficou com meu pai e descobriu que ele já era ‘casado’ e tinha quatro lhos. A ex-mulher do meu pai deixou ele com os quatro filhos. Minha mãe conta que chegou lá, tinha os quatro meninos com ‘feridas’ na cabeça, dormindo em um papelão, todo cheio de xixi. Ela se sentiu culpada e foi morar com meu pai e depois de três anos eu nasci”, relembrou Juliette. “Então quando eu olho para Lucas, sinto que é o meu irmão que tá dormindo no chão, do meu lado. E eu não consigo olhar para ele, porque eu não sei lidar com isso”, explicou.
Um dos irmãos de Juliette, Washington confirma a história. “Quando meus pais se separaram, foi algo muito turbulento. Minha mãe não teve estrutura e deixou a gente com minha avó paterna. O que ela contou, sobre a gente dormir no chão da casa, é verdade”, relembrou Washington em entrevista ao jornal Extra, do Rio de Janeiro. “Não a tratávamos como princesinha, não. Juliette nunca foi mimada, cortou um dobrado com a gente. Mas isso a ajudou a se tornar forte”, disse.
Tragédia familiar
Aos 19 anos, Juliette viu a irmã mais nova, Julienne, à época com 17 anos, morrer vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico. “Quando eu nasci, eu já me senti culpada, porque eu era uma única filha da minha mãe. Depois a minha irmã que tirou minha culpa, só que ela morreu”, comentou Juliette tambem na conversa com Sarah.
De acordo com amigos, Juliette e Julienne eram muito amigas e a morte da caçula resultou em um baque muito forte para a participante do BBB. “Juliette estava para Julienne muito mais como uma mãe do que como irmã” , contou Deborah Vidjinsky, amiga de Juliette, ao GSshow.
Durante a seletiva para o programa, Juliette explicou que sua personalidade está muito relacionada à morte da irmã. “Eu assumo o risco de viver. Era uma pessoa antes dela morrer e outra depois. É como se sentisse que minha vida é breve e eu preciso fazer o que posso para aproveitá-la. Seja lutando pelo que quero na vida ou em um jogo”, disse Juliette.
Alguns dos momentos mais emocionantes de Juliette na casa foram quando a paraibana cantou a música “Dona Cila” em homenagem à irmã falecida.
Adolescência
De acordo com a família e amigos, na adolescência, Juliette passou por várias fases. Foi roqueira e religiosa. Também sofreu por um amor não correspondido e sofreu por pressões sociais relacionadas ao próprio peso.
Vida na capital
Depois de passar no vestibular para o curso de Direito, Juliette deixou Campina Grande e foi morar em João Pessoa. Na capital da paraíba, foi dividir apartamento com uma amiga e começou a trabalhar como maquiadora, para poder pagar as contas.
“Ganho muito mais maquiando do que advogando. De segunda à sexta, eu estudo para concurso, e atendo aos finais de semana ou com horário agendado”, explicou Juliette à equipe da TV Globo. Antes de entrar para o Big Brother, a sister sonhava com um concurso para delegada da Polícia Civil.
Dificuldade financeira na pandemia e auxílio emergencial
Há quatro anos, Juliette e outras três amigas abriram um estúdio de maquiagem em João Pessoa. Mas, com a pandemia do novo coronavírus, as clientes desapareceram a empresa precisou ser fechada.
Autônoma, Juliette foi uma das 70 milhões de pessoas a receber as parcelas do auxílio emergencial de R$ 600 destinado a trabalhadores informais atingidos pela crise financeira causada pela pandemia, segundo o jornal Extra. A última parcela foi recebida pouco antes do confinamento.
Festeira
Segundo os amigos, Juliette é muito festeira – isso foi comprovado durante as festas do Big Brother, onde a sister sempre cantou e dançou bastante. “É a que comanda todas as baladas! Inimiga do fim, se a festa estiver ruim ela deixa boa, mas ela não estiver a fim nem adianta insistir ” , disse a amiga Deborah, ao GShow.
Fonte: gshow