Aliança Láctea Sul Brasileira discute saídas para gargalos que pressionam o setor neste início de ano
A primeira reunião de 2021 da Aliança Láctea Sul Brasileira trouxe à tona os desafios de curto, médio e longo prazo que precisam ser enfrentados pelo setor. Gargalos como a expressiva alta dos custos de produção, a volatilidade nos preços do produto, a organização da cadeia com vistas à conquista de competitividade e a presença no mercado externo, além do enfrentamento de questões voltadas à sanidade animal.
O momento delicado pelo qual atravessa o setor lácteo foi confirmado pelo 1° vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra. Para ele, o aumento do custo ao produtor e indústria, com muitos atuando sem margem e outros no negativo é preocupante. De acordo com ele, no front, estão incertezas sobre a sustentação do mercado como reflexo do auxílio emergencial que deve ser liberado em breve, e como será o comportamento do consumidor diante dos novos cenários, além dos novos custos provocados pelo aumento do preço do combustível, que gera inflação para todos os elos da cadeia.
O agronegócio vive um momento favorável, à exceção de alguns setores, como o leite. Segundo ele, os custos elevados vêm pressionando a atividade, sobretudo em função do desabastecimento de milho. Uma das saídas apontadas é reduzir a dependência do setor produtivo pelo cereal. Para isso, a Farsul deve iniciar em breve um estudo que estimule a produção de grãos alternativos no inverno com teor nutritivo adequado (cevada, centeio e triticale, por exemplo) em áreas utilizadas por coberturas verdes, diz Guerra.
Confira a reportagem de Luzia Camargo:
Foto: Jornal do Comércio