O nível de água do reservatório da Barragem do Passo Real está, atualmente, em 12,5 metros abaixo do nível máximo operacional desta barragem.
Historicamente, a represa acumula água no inverno, nos meses de abril a outubro. E a partir de novembro, até março, ela provoca uma alteração em seu nível. Mas, este nível já esteve mais baixo.
O chefe do Departamento do Sistema Jacuí, Mário Hermes Junior, lembra que, em 2020, a barragem atingiu seu nível mais crítico, onde chegou a 14 metros abaixo do nível normal. Foi um fato histórico, pois desde o enchimento do lago, em 1973, nunca havia chegado a esse nível.
Analisando as demais barragens daquela região, Maia Filho e Itaúba, Mário destaca que a situação das mesmas é diferente do Passo Real porque esta tem um regime de acumulação de água anual. As demais obedecem a um regime de acumulação de água semanal.
A barragem de Itaúba abrange 7 mil hectares e a do Passo Real abrange 23 mil hectares. Por este motivo, Mário enfatiza que a Barragem do Passo Real é a “caixa d’água” do rio Jacuí.
Essa variação de volume de água da represa não depende apenas do regime de chuvas na região. Depende também do despacho das usinas hidrelétricas do país, que é centralizado pelo operador nacional do sistema, que vai priorizando a segurança energética do país e o planejamento a médio e longo prazo, de forma a manter os níveis de geração com economicidade e segurança.
Mário lembra ainda que fica garantida a manutenção da energia elétrica na barragem, mesmo que o nível fique 28 metros abaixo do nível normal, ou seja, ainda existe muita água para garantir a geração de energia. Mesmo assim, a visão das margens da barragem são impressionantes.
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