Polícia Civil indicia seis pessoas por morte de homem no supermercado Carrefour em Porto Alegre
Seis pessoas foram indiciadas por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima no caso da morte de João Alberto Silveira Freitas, ocorrida no dia 19 de novembro na unidade do supermercado Carrefour localizada no bairro Passo D’Areia, na Zona Norte de Porto Alegre.
O homem negro de 40 anos, conhecido como Beto, foi espancado e morto por dois seguranças após um desentendimento no caixa do supermercado. O crime aconteceu no estacionamento, após Beto dar um soco em um dos seguranças, conforme mostram imagens de câmeras de vigilância.
Os indiciados são os dois seguranças (um deles era policial militar temporário), uma fiscal, outros dois funcionários do Carrefour e um mais um vigilante. Três já estão presos: os dois seguranças que mataram o homem e a fiscal, que acompanhou e gravou as agressões. A polícia pediu à Justiça a prisão dos demais indiciados.
O IGP (Instituto-Geral de Perícias) confirmou que a causa da morte de Beto foi asfixia. A conclusão do inquérito policial foi divulgada em entrevista coletiva no Palácio da Polícia, em Porto Alegre.
Segundo a polícia, houve um exagero nas agressões impostas à vítima. A investigação concluiu que não ocorreu injúria racial, mas que a morte foi motivada por “racismo estrutural”. O crime provocou manifestações e atos de vandalismo no supermercado e em outras unidades da rede.
*O Sul