Domingo, 08 de Dezembro de 2024
Telefone: (54) 3383.3400
Whatsapp: (54) 3383.3400
Curta nossa página no Facebook:
Clique para Ouvir
Tempo nublado
17°
14°
16°C
Espumoso/RS
Tempo nublado
No ar: Madrugadão Planetário
Ao Vivo: Madrugadão Planetário
Geral

Índices da bolsa de valores evidenciam as boas práticas corporativas

Índices da bolsa de valores evidenciam as boas práticas corporativas
19.10.2020 07h38  /  Postado por: Luzia Camargo
Para o investidor do mercado de capitais, a simples cotação de uma ação não é mais o único fator que pesa na hora que escolher em quais empresas irá investir seus recursos. A B3, principal local de negociação no Brasil, dispõe de diversos índices que avaliam e monitoram iniciativas das companhias comprometidas com questões sociais, ambientais e de governança.
O investidor brasileiro não está preocupado apenas com o faturamento, a lucratividade, a rentabilidade das ações ou o valor de mercado das companhias nas quais investe. Cada vez mais, ele reconhece que a perpetuidade dos negócios e a capacidade de enfrentar desafios emergentes estão associados à adoção das melhores práticas sociais, ambientais e de governança, a chamada agenda ESG (do inglês, environmental, social and governance – ambiental, social e governança).
Tudo isso porque, na prática, essas iniciativas não são boas somente para as pessoas ou para o meio ambiente, mas potencializam resultados financeiros, constroem o futuro das organizações e acompanham as transformações globais. É nesse contexto que os índices de mercado da B3 ganham relevância – sobretudo, os que traduzem para o investidor a efetividade das boas práticas de gestão.
Os índices são carteiras de investimento teóricas que reúnem um conjunto de ações de companhias que satisfazem determinados critérios. O mais conhecido deles é o Índice Bovespa (IBOV), relevante por concentrar em sua composição as ações de companhias listadas na B3 que representam 80% das negociações realizadas no mercado de capitais brasileiro.
Em relação às iniciativas sustentáveis, o indicador de maior destaque é o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), lançado em 2005, sendo o quarto do tipo criado no mundo. Dessa forma, são construídos parâmetros que sinalizam para o mercado as companhias que se destacam em relação a características específicas e que abrangem aspectos que vão das negociações dos ativos no mercado à cultura das organizações.
Para as companhias, esses indexadores validam os compromissos assumidos e servem como reconhecimento em relação à consistência de suas práticas. O investidor, por sua vez, obtém um instrumento a mais para considerar em suas análises com o objetivo de potencializar a rentabilidade de sua carteira de investimentos e de reduzir a exposição ao risco.
Assim, investidores conseguem dar sentido objetivo àquelas boas práticas que, isoladamente, são difíceis de tangibilizar. Análises desse tipo não são novas. Por exemplo, a relação entre ambiente de trabalho e desempenho empresarial não só é presumível como constatada em estudos recorrentes feitos, há mais de 20 anos, pela consultoria Great Place To Work (GPTW), que, anualmente, ranqueia e premia às empresas com melhores práticas voltadas para gestão de pessoas. Nessa análise de longo prazo, a performance média de companhias listadas na bolsa de valores consagradas com o selo GPTW é comparada com os resultados médios obtidos pelo mercado, por intermédio do Índice Bovespa.
“Percebemos que as boas empresas para trabalhar têm uma rentabilidade maior e, quando há crise, elas também caem, mas se recuperam mais rápido”, salienta a diretora executiva do GPTW no Rio Grande do Sul, Kelly Bittencourt. “O que o GPTW avalia, essencialmente, são as relações de confiança, que se refletem em resultados de negócios, em maior engajamento das pessoas, em menos afastamentos por questões de saúde e em um maior índice de inovação.”
Valorizado como um dos principais instrumentos de diagnóstico da cultura organizacional, o GPTW avalia nove dimensões nas empresas, abrangendo as ações adotadas para inspirar funcionários, a comunicação ao falar (de forma transparente) e ao escutar (com sinceridade), o reconhecimento pelo bom trabalho, os programas de desenvolvimento pessoal e profissional, o cuidado com as pessoas, a contratação com foco na cultura da empresa, a celebração das conquistas e o compartilhamento dos resultados.
Fonte: Jornal do Comércio
Foto: LOURENÇO FURTADO/DIVULGAÇÃO/JC
Comente essa notícia
Receba nosso informativo
diretamente em seu e-mail.
Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
CONCORDO