Mesmo sem compras da China, soja em Chicago vem se mantendo acima dos US$ 10/bushel
Nesta segunda-feira (05), o mercado da soja passou o dia em estabilidade, fechando com variações positivas de até 1 ponto nos principais vencimentos. O mercado se mantém firme mesmo com a China fora do mercado, já que o país asiático segue em feriado até a próxima quarta-feira. Após o fim do recesso, fica a indecisão se a China irá cumprir o acordo comercial com os Estados Unidos.
Hoje, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras, atualizando os dados para as lavouras de soja e milho. Para a oleaginosa, o departamento indicou que 38% das lavouras haviam sido colhidas até o último domingo (04), um salto em comparação aos 20% registrados na última publicação na semana anterior. O índice ainda ficou a frente dos 28% de média das últimas cinco safras.
A demanda chinesa, o próximo relatório do USDA de oferta e demanda e o acompanhamento climático ditarão o movimento dos fundos, com mais de 250 mil contratos comprados. A China no momento está com seus estoques bem abastecidos, mas com necessidade de suprir seu mercado para o fim de janeiro. Essa demanda normalmente é suprida com produto brasileiro, mas como o clima na América Latina pode gerar um atraso na safra, o que não significa quebra na produção, pode gerar uma demanda extra para os EUA.
Segundo análise do Cepea/Esalq, o ritmo acelerado de processamento e a aquecida demanda, especialmente externa, reduziram rapidamente os estoques domésticos de soja e derivados, mesmo em um ano de recorde de produção.
Segundo pesquisadores do Cepea, agora, a disputa acirrada pelo produto restante e os valores altos da paridade de exportação, sustentada pelo dólar valorizado, estão alavancando as cotações domésticas do grão e dos derivados, que operam nas máximas nominais e se aproximam dos recordes reais.
Por:
Aleksander Horta
Fonte:
Notícias Agrícolas